ZENIT - O mundo visto de Roma

24/04/2013

São Fidelis de Sigmaringa - 24/04



Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado em 1601. Durante alguns anos, exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar. Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana. Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência dos cristãos à Santa Sé. Em suas anotações, foi encontrado um bilhete escrito dez dias antes de sua morte, dizendo que sabia que seria assassinado, mas que morreria com alegria por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. Quando foi ferido, por um golpe de espada, pelos inimigos, pôs-se de joelhos, perdoou os seus assassinos e, rezando, abençoou a todos antes de morrer, no dia 24 de abril de 1622. O papa Bento XIV canonizou são Fidelis de Sigmaringen em 1724.

     
     "Ó fé católica, como és estável, sólida, bem arraigada, como és bem construída sobre a rocha firme! (cf. Mt 7,25). O céu e a terra passarão, tu, porém, não passarás jamais. O mundo inteiro desde o princípio te fez guerra, mas de todos triunfaste com o teu poder.
     Esta é vitória que venceu o mundo: a nossa fé (1Jo 5,4). Ela submeteu ao império de Cristo os reis mais poderosos, ela colocou a serviço de Cristo povos inteiros.
     O que fez os santos apóstolos e mártires suportarem tão duros combates e tão dolorosos tormentos, senão a fé, principalmente a fé na ressurreição?
     O que fez os anacoretas desprezarem as delícias, rejeitarem as honras, pisarem as riquezas, viverem castamente no deserto, a não ser a fé viva?
     O que leva hoje os verdadeiros cristãos a abandonarem o excesso de conforto, não darem importância aos prazeres, suportarem coisas ásperas e aguentarem duros trabalhos?
     É a fé viva agindo pela caridade (cf. Gl, 5,6). É ela que nos faz renunciar aos bens presentes na esperança dos bens futuros e trocar as coisas presentes por aquelas que hão de vir."

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