ZENIT - O mundo visto de Roma

12/12/2011

Imagens inesquecíveis de nosso maravilhoso mundo do espaço.


Time Lapse From Space - Literally. The Journey Home. from Fragile Oasis on Vimeo.

"O astronauta americano Ron Garan passou 5 meses e meio no espaço em missão pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA), retornando ao planeta Terra em setembro. Enquanto esteve em órbita, Ron aproveitou para tirar fotos com uma câmera Nikon D3S.
A partir das imagens captadas, o astronauta colocou no ar um vídeo com ‘time lapse’, processo cinematográfico em que cada fotograma ou quadro (frame) de filme é tomado a uma velocidade muito mais lenta do que aquela em que o filme será reproduzido.
O resultado foram algumas imagens simplesmente fantásticas, que acabaram virando um pequeno filme. São percursos que passam pela África, Brasil e Europa, e você pode conferir acima" 

09/12/2011

Eva e Maria


  Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo (Séc. II)
(Lib. 5,19,1; 20,2; 21,1: SCh 153, 248-250,260-264)
"Quando o Senhor veio de modo visível ao que era seu, levado pela própria criação que ele sustenta, tomou sobre si, por sua obediência, na árvore da cruz, a desobediência cometida por meio da árvore do paraíso. A sedução de que foi vítima, miseravelmente, a virgem Eva, destinada ao primeiro homem, foi desfeita pela boa-nova da verdade, maravilhosamente anunciada pelo anjo à Virgem Maria, já desposada com um homem.
Assim como Eva foi seduzida pela conversa de um anjo e afastou-se de Deus, desobedecendo à sua palavra, Maria recebeu a boa-nova pela anunciação de outro anjo e mereceu trazer Deus em seu seio, obedecendo à sua palavra. Uma deixou-se seduzir de modo a desobedecer a Deus, a outra deixou-se persuadir a obedecer-lhe. Deste modo, a Virgem Maria tornou-se advogada da virgem Eva.
Por conseguinte, recapitulando em si todas as coisas, o Senhor declarou guerra contra o nosso inimigo. Atacou e venceu aquele que no princípio, em Adão, fez de todos nós seus prisioneiros; e esmagou sua cabeça, conforme estas palavras, ditas por Deus à serpente, que se lêem no Gênesis: Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça enquanto tu tentarás ferir o seu calcanhar (Gn 3,15).
Desde esse momento, pois, foi anunciado que a cabeça da serpente seria esmagada por aquele que, semelhante a Adão, devia nascer de uma virgem. É este o descendente de que fala o Apóstolo na sua Carta aos Gálatas: A lei foi estabelecida até que chegasse o descendente para quem a promessa fora feita (cf. Gl 3,19).
Na mesma Carta, o Apóstolo se exprime ainda com mais clareza, ao dizer: Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher (Gl 4,4). O inimigo não teria sido vencido com justiça se o homem que o venceu não tivesse nascido de uma mulher, pois desde o princípio ele tinha se oposto ao homem, dominando-o por meio de uma mulher.
É por isso que o próprio Senhor declara ser o Filho do homem, recapitulando em si aquele primeiro homem a partir do qual foi modelada a mulher. E assim como pela derrota de um homem o gênero humano foi precipitado na morte, pela vitória de outro homem subimos novamente para a vida."

01/12/2011

O Verbo de Deus virá a nós

(São Bernardo, Séc. XII: Sermo 5 in Adventu Domini, 1-3: Opera omnia, Edit. cisterc. 4 <1966> 188-190)

            "Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas esta, não. Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que viram-no e não o quiseram receber. Na última, "todo homem verá a salvação de Deus" (Lc 3,6) e "olharão para aquele que transpassaram" (Zc 12,10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o vêem em si mesmos e recebem a salvação. Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória.
            Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última; na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária, é nosso repouso e consolação.
            Mas para que ninguém pense que é pura invenção o que dissemos sobre esta vinda intermediária, ouvi o próprio Senhor: "Se alguém me ama, guardará a minha Palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos a ele" (cf. Jo 14,23). Lê-se também noutro lugar: "Quem teme a Deus, faz o bem" (Eclo 15,1). Mas vejo que se diz algo mais sobre o que ama a Deus, porque guardará suas palavras. Onde devem ser guardadas? Sem dúvida alguma no coração, como diz o profeta: "Conservei no coração vossas palavras, a fim de que eu não peque contra vós" (Sl 118,11).
            Guarda, pois, a Palavra de Deus, porque são felizes os que a guardam; guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntimo de tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem e tua alma se deleitará na fartura. Não esqueças de comer o teu pão para que teu coração não desfaleça. mas que tua alma se sacie com este alimento saboroso.
            Se assim guardares a Palavra de Deus, certamente ela te guardará. Virá a ti o Filho em companhia do Pai, virá o grande Profeta que renovará Jerusalém e fará novas todas as coisas. Graças a essa vinda, "como já refletimos a imagem homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste" (1Cor 15,49). Assim como o primeiro Adão contagiou toda a humanidade e atingiu o homem todo, assim agora é preciso que Cristo seja o Senhor do homem todo, porque ele o criou, redimiu e o glorificará". 
 

22/11/2011

Campanha: "Ciência não é contra religião"

Clique na imagem e leia a matéria sobre esta campanha.



Cantai a Deus com arte e com júbilo!


Dos Comentários sobre os Salmos, de Santo Agostinho, bispo - (Ps 32, sermo 1,7-8: CCL 38,253-254)-(Séc.V).

Cantai a Deus com arte e com júbilo

"Louvai o Senhor com a cítara, na harpa de dez cordas Salmodiai! Cantai-lhe um cântico novo! (Sl 32,2.3). Despojai-vos da velhice; conhecestes um cântico novo! Novo homem, nova aliança, novo cântico. O cântico novo não pertence aos homens velhos. Somente o aprendem os homens novos, renovados da velhice pela graça e já pertencentes à nova aliança, que é o reino dos céus. Por ele anseia todo o nosso amor e canta um cântico novo. Cante o cântico novo não a língua, mas a vida.

Cantai-lhe um cântico novo, cantai bem para ele! Alguém pergunta como cantar para Deus. Canta para ele, mas não cantes mal. Ele não quer que seus ouvidos sejam molestados. Cantai bem, irmãos. Diante de um musicista de bom ouvido, dizem-te para cantar de modo que lhe agrade. Ora se não foste instruído na arte musical, temes cantar para não desagradar ao artista.

Não sabendo que és ignorante, ele te repreenderá. Quem se oferecerá para cantar bem a Deus, a ele que de tal modo julga o cantor, de tal modo examina tudo, de tal modo sabe escutar? Quando poderás apresentar um canto com tanta arte que absolutamente em nada desagrades aos ouvidos perfeitos?

Eis que ele te dá um modo de cantar: não procures palavras, como se pudesses explicar aquilo com que Deus se deleita. Canta na jubilação. É isto cantar bem para Deus, cantar na jubilação. O que é cantar no júbilo? Escuta, não se pode expressar por palavras aquilo que se canta no coração. De fato, aqueles que cantam seja na ceifa, seja na vinha, seja em qualquer outro trabalho cheio de ardor, começam com palavras de cantigas a exultar com alegria; depois, a alegria é tanta que já não podem dizê-la, então abandonam as sílabas das palavras e deixam-se levar pelo som do júbilo.

Júbilo é um som a significar que do coração brota algo impossível de se expressar. E quem merece esta jubilação, a não ser o Deus inefável? É inefável o que não podes falar. E se não o podes falar e não deves calar-te, o que te resta senão jubilar? Alegre-se o coração sem palavras, e a imensidão das alegrias não conheça o limite das sílabas. Cantai para ele com arte e com júbilo (cf. Sl 32,3)."


10/11/2011

Garoto de 04 anos celebrando a missa

5ª CAMINHADA PELA PAZ EM JUAZEIRO


Começa nesta quinta-feira (10) em Juazeiro, a Novena pela Paz, que prossegue até o dia 18 de novembro em diversos bairros da cidade. As nove noites de oração em preparação à 5ª Caminhada pela Paz vão trazer reflexões sobre como as famílias podem combater as drogas. A primeira celebração será na paróquia Santa Teresinha, no bairro Piranga, com início às 19h30. Os meios de comunicação são os convidados de honra desta noite. as demais noites de celebração  acontecerão no mesmo horário
Para tratar sobre o enfrentamento das drogas na família, as Missas contarão com a presença da Polícia Militar. “Militares especializados no tema estarão conosco a cada noite, ajudando pais e mães a descobrir caminhos de diálogo com os filhos sobre drogas e violência. Haverá palestras sobre o assunto”, informou padre José Filipe, coordenador da novena e da Caminhada pela Paz.
Passaremos pelos principais bairros de Juazeiro e também pelo distrito de Carnaíba do Sertão. É a primeira vez que a novena vai ao interior da cidade. Nossa convocação é para que todo juazeirense possa se comprometer no combate às drogas e participe da 5ª Caminhada pela Paz, no dia 19”, explica.
A 5ª Caminhada pela Paz, com o tema “Paz sim, drogas e violência não!”, terá a presença do padre cantor Robson de Oliveira, do Santuário Pai Eterno. O evento começará às 17h na orla nova, com missa transmitida para todo o Brasil pela Rede Vida de televisão. Logo após, o público sairá em caminhada, finalizando com show da banda católica de humor Doidin de Deus (DDD).


04/11/2011

12 dicas para superar as dificuldades na oração

Certa vez eu pedi que uma turma de estudantes universitários avaliasse suas vidas espirituais numa escala de 1 a 10. A maioria foi muito rígida, de modo que deram a si mesmos 5 ou menos. Então eu perguntei: “como você descreveria o seu relacionamento com Deus?” E, novamente, a maioria não foi tão positiva. Estes eram católicos bons e devotos.

A maioria dos comentários da turma dizia respeito a dificuldades na oração. Por que temos tais dificuldades?

Simples – porque somos humanos. Porém, antes de eu dar algumas dicas de como superar tais dificuldades, devemos falar sobre porquê rezar.

São Paulo escreve:

Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, no Espírito (Efésios 6, 18)

Paulo não só sugere, mas nos exorta a rezar “no Espírito” e “em toda circunstância”. Se estamos dispostos a seguir este ensinamento, devemos fazê-lo por amor, não por mera obediência. Mas,  em que situação nos encontramos para ir de encontro a este grandioso chamado?

Ele escreve em outra epístola:

Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. (Romanos 8, 26)
Não somos capazes de fazer isso sozinhos.  O Espírito Santo faz por nós o que não conseguimos fazer em nossa oração. Isto é vital, pois a oração é algo essencial para o sucesso. No entanto, vale esclarecer, sucesso aos olhos de Deus, o que é bem diferente do sucesso pelos parâmetros do mundo. O mundo diz que sucesso é dinheiro, fama, poder, posses, prazer, etc. Mas, a ideia divina de sucesso se chama santidade – ou seja – ser o tipo de pessoa que Deus quer que eu seja. Em outras palavras, sucesso = cumprir os planos que Deus tem para você. A oração é indispensável na realização desse processo.

Em seu Evangelho, Lucas escreve:

Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo. (Lucas 18, 1)

Devemos fazer da oração o centro de nossas vidas. Não se trata de uma escolha para nós cristãos. Porém, é necessário ter perseverança e fé para edificar uma vida de oração. Assim, com isso em mente, você deve se perguntar: por que um cristão descuidaria de sua vida de oração e o que podemos fazer quanto a isso?

7 RAZÕES PORQUE DESCUIDAMOS DA NOSSA VIDA DE ORAÇÃO

  1. Desencorajamento: às vezes não sabemos o que dizer, como rezar, o que fazer. Às vezes nos sentimos cansados, indispostos ou apenas não temos vontade de rezar.
  2. Dúvida: estaria Deus realmente aí? Ele pode me ouvir? Ele se importa comigo, ainda que exista? A oração realmente tem algum valor?
  3. Impaciência: as orações parecem que ficam indo eternamente para o céu tendo apenas o silêncio como resposta. Quando Deus me responderá?
  4. Tentações: é facílimo rezar quando você não é internamente desafiado pela tentação, porém quando as tentações aparecem, torna-se um verdadeiro martírio.
  5. Preguiça: às vezes simplesmente desistimos ou nunca estabelecemos hábitos que possam nos sustentar nos tempos difíceis ou nas ocupações da vida moderna.
  6. Aridez: Deus parece distante e a oração se torna entediante. Isto pode ocorrer a qualquer momento.
  7. Problemas físicos, mentais e espirituais: quando sofremos, é difícil rezar, pois às vezes desejamos que um Deus amoroso faça este sofrimento parar.

12 DICAS PARA SUPERAR AS DIFICULDADES NA ORAÇÃO

  1. Frequente os sacramentos: se você puder ir à missa diariamente, você haverá dobrado o acesso ao maior presente dado à humanidade. Agora, confesse-se pelo menos uma vez ao mês e você alcançará milhares de outras graças. Ponha estes compromissos num calendário e assim você não se esquecerá deles.
  2. Busque desenvolver os bons hábitos : você deve ser capaz de confiar que os seus hábitos irão te ajudar e não te atrapalhar na oração. O desenvolvimento de um bom hábito leva pelo menos 66 dias (ou mais) para se consolidar. Então, se você puder se comprometer numa rotina de oração por 2 meses, você logo começará a fundar a base dos hábitos de oração saudáveis.
  3. Experiência conta: você talvez precise de alguém que seja mais objetivo que você para avaliar como vai a sua vida de oração e como o Espírito Santo está agindo. Um diretor espiritual é indispensável para o bom êxito, mas se você acha que ainda não está preparado, até mesmo ter um bom amigo para conversar pode ser de grande valia.
  4. Tente diferentes tipos de oração: todos nós temos diferentes gostos no quesito oração, exatamente como a maioria das coisas na vida. Dessa forma, tente diferentes tipos de oração e veja qual funciona melhor para você. Uma recomendação: não desista tão cedo de um determinado tipo de oração. Pode levar algum tempo para descobrir se será boa ou não.
  5. Jejue regularmente: há um enorme poder no jejum. Podemos ver isso nas Escrituras quando Jesus pede que seus discípulos façam o mesmo. Quando desenvolvemos um maior controle dos desejos do nosso corpo, podemos orar melhor.
  6. Supere as distrações: uma maneira fácil de se superar as distrações é não dando asas a elas. Uma vez que você se dá conta de que algo te distrai, redirecione o seu coração e volte-se novamente para a oração em vez de examinar a distração. Este ato simples é a forma mais fácil de se vencer as distrações.
  7. Não complique a oração: na maioria das vezes nós complicamos algo que deveria vir naturalmente para nós. Fomos feitos para a comunhão com Deus. A oração é puramente um direcionamento da mente e do coração para Deus. Se nós complicamos demais a oração, nunca poderemos  ir além do acidental.
  8. Aridez é algo bom para nós: orações entediantes são como um presente de Deus. Sim, demoramos muito para ter consolações na oração. Exatamente como uma criança tem que esperar a hora certa de comer doces. Esta negativa é difícil, mas saudável para nós. É na aridez que nossa fé é provada e fortificada.
  9. Peça humildade: Na medida que somos humildes, deixamos o poder da graça de Deus crescer nas nossas vidas. Sem humildade na oração, Deus não é capaz de nos alcançar, pois não temos espaço interior para Ele.
  10. Trabalhe no entendimento de Deus e de si mesmo: talvez eu não possa enfatizar este ponto o bastante. Muitos de nós lutamos para entender como um Deus perfeito poderia nos amar e querer um relacionamento conosco. Porém, isto se dá por causa das nossas percepções distorcidas da nossa própria dignidade e do modo como Deus nos ama incondicionalmente.
  11. Silêncio: Nossas vidas modernas são preenchidas com barulho. Precisamos silenciar-nos para ouvir a Deus – tanto externa quanto internamente.  Encontre um lugar tranquilo e calmo para orar. A igreja ajuda muito nesse sentido. Assim, se você puder dar uma paradinha numa igreja, ainda que por pouco tempo, eu recomendo que o faça.
  12. Dê prioridade à oração: agende, adie alguma coisa, acorde cedo, enfim, faça o que tiver que fazer, mas não deixe o dia passar sem passar um tempo com a pessoa mais importante da sua vida.
Fonte: Sentinela no Escuro

01/11/2011

Dia de todos os Santos

Ícone da Festa de Todos os Santos -
Nele estão representados os diversos caminhos para a santidade: (de baixo para cima) apóstolos, santos inocentes, doutores, reis, monges, virgens, mártires, rainhas, anjos e Nossa Senhora. Ao centro, no alto, a Santíssima Trindade. 

"Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas, a eles que, segundo a promessa do Filho, o mesmo Pai celeste glorifica? De que lhes servem nossos elogios? Os santos não precisam de nossas homenagens, nem lhes vale nossa devoção. Se veneramos os Santos, sem duvida nenhuma, o interesse é nosso, não deles. Eu por mim, confesso, ao recordar-me deles, sinto acender-se um desejo veemente.

Em primeiro lugar, o desejo que sua lembrança mais estimula e incita é o de gozarmos de sua tão amável companhia e de merecermos ser concidadãos e comensais dos espíritos bem-aventurados, de unir-nos ao grupo dos patriarcas, às fileiras dos profetas, ao senado dos apóstolos, ao numeroso exercito dos mártires, ao grêmio dos confessores, aos coros das virgens, de associar-nos, enfim, à comunhão de todos os santos e com todos nos alegrarmos. A assembleia dos primogênitos aguarda-nos e nós parecemos indiferentes! Os santos desejam-nos e não fazemos caso; os justos esperam-nos e esquivamo-nos.

Animemo-nos, enfim, irmãos. Ressuscitemos com Cristo. Busquemos as realidades celestes. Tenhamos gosto pelas coisas do alto. Desejemos aqueles que nos desejam. Apresemo-nos ao encontro dos que nos aguardam. Antecipemo-nos pelos votos do coração aos que nos esperam. Seja-nos um incentivo não só a companhia dos santos, mas também a sua felicidade. Cobicemos com fervoroso empenho também a glória daqueles cuja presença desejamos. Não é má esta ambição nem de nenhum modo é perigosa à paixão pela glória deles.

O segundo desejo que brota em nós pela comemoração dos santos consiste em que Cristo, nossa vida, tal como a eles, também apareça a nós e nós juntamente com ele apareçamos na glória. Enquanto isso não sucede, nossa Cabeça não como é, mas como se fez por nós, se nos apresenta. Isto é, não coroada de glória, mas como com os espinhos de nossos pecados. É uma vergonha fazer-se de membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos. Por enquanto a púrpura não lhe é sinal de honra, mas de zombaria. Será sinal de honra quando Cristo vier e não mais se proclamará sua morte, e saberemos que nós estamos mortos com ele, e com ele escondida nossa vida. Aparecerá a Cabeça gloriosa e com ela refulgirão os membros glorificados, quando transformar nosso corpo humilhado, configurando-o à glória da Cabeça que é ele mesmo.

Com inteira e segura ambição cobicemos esta glória. Contudo para que nos seja lícito espera-la e aspirar a tão grande felicidade, cumpre-nos desejar com muito empenho a intercessão dos santos. Assim, aquilo que não podemos obter por nós mesmos, seja-nos dado por sua intercessão."
- Dos sermões de São Bernardo, abade (Século XII - LH IV p. 1421). 

Agradecimentos: Tesouros da Igreja Católica

31/10/2011

Um programa, um objetivo, um fim almejado

Esta foto ilustra o final do encontro de Assis... "Trata-se do Vigário de Cristo junto com alguns líderes religiosos (não sei dizer se estavam aqui todos presentes) ao fim do encontro, na cripta de São Francisco, rezando diante do Santíssimo Sacramento. O senhor de púrpura à esquerda da foto é o Dr. Rowan Williams, chefe da Igreja anglicana, prostrado de joelhos diante de Cristo Eucarístico. Ecumenismo de verdade é isso aí! É claro que, provavelmente, os diversos líderes religiosos aí presentes estão fazendo somente bom-mocismo diante do Rei dos Reis; mas a foto tem a força de um programa, de um objetivo a ser buscado, de um fim almejado pelo qual vale a pena trabalhar. Sim, queremos todos os homens reunidos, mas os queremos assim: reunidos aos pés de Cristo! E, como o estar sob o sol queima a pele ainda que não se atente para isso, oxalá o colocar-se diante do Sol da Justiça possa conceder algumas graças para estes homens que estão diante de Cristo e ao lado do Seu vigário – ainda que não o saibam." (Fonte: Deus Lo Vult)

Como dar um “plus” na sua vida de católico praticante

Existem práticas óbvias que um católico minimamente coerente deve seguir como ler a Palavra de Deus, ir à missa, ser homem/mulher para assumir para os amigos o que reza no Credo, etc, etc. Tudo isso é muito louvável. Mas definitivamente não é só isso…algumas coisas a mais podem dar um plus, se posso dizer assim, na sua vida de católico praticante.

Decidir ser católico é o segundo passo depois de toda a formação de base que nossos catequistas e pais nos deram durante a infância. Esta decisão nos torna como exploradores em meio a um sítio arqueológico: quanto mais você busca, mais encontra; quanto mais encontra, mais deseja buscar. Nesta jornada você entra na vida de santos e pecadores, de vitoriosos e derrotados, de vítimas e algozes, mas sobretudo, você passa a fazer parte de uma família.

Muitas coisas eu aprendi nesta caminhada até agora. Mas certamente ainda tenho muito, muito a aprender. Durante a minha caminhada fui percebendo que, como eu falava no início, existem diversas práticas interessantes além do que se sabe ser o core do catolicismo . Aprendi algumas delas no seminário (nas duas breves semanas que lá passei) e outras com a família. Quem já conhece pode atestar a eficácia destas pequenas práticas, quem desconhece, vale tentar. Em cinco pontos:


1. Silêncio ao acordar

Se você vai a um retiro ou a um seminário, até o momento das primeiras orações do dia não se fala nada – absolutamente nada! É uma prática muito bela, segundo a qual a primeira palavra que sai da boca do cristão deve ser um louvor a Deus. Antes de dar bom dia a qualquer um (inclusive ao(à) marido/mulher que está do seu lado todos os dias, deve-se saudar a Deus que te deu mais uma oportunidade de abrir os olhos. Portanto, é bem interessante que todos dentro da casa combinem antes as coisas para que o pequeno sacrifício logo cedo não soe como falta de educação ou indiferença. Afinal isso não vai ser tão difícil, pois normalmente não se  vê muita gente nas primeiras horas da manhã. Assim, quão belo será se durante a sua vida a primeira e a última palavra do dia for dirigida a Deus….nada será como antes.


2. Jejum às sextas-feiras

Pouca gente sabe que o jejum e a abstinência de carne vão além da Sexta-feira da Paixão e da Quarta-feira de Cinzas. No entanto, o Código de Direito Canônico (A Carta Magna da Igreja) é claro ao dizer:

Os dias e períodos de penitência para a Igreja universal são todas as sextas-feiras de todo o ano e o tempo da Quaresma [Cânon 1250]. A abstinência de carne ou de qualquer outro alimento determinado pela Conferência Episcopal deve ser observada em todas as sextas, exceto nas solenidades. [Cânon 1251].

Engraçado que pouca gente sabe disso e vira e mexe tenho que explicar esta novidade (o CDC foi publicado em 83). Mas não custa explicar, não é? Mais que uma obrigação, essa é uma bela oportunidade para nos lembrar-nos do sacrifício e da mote de Nosso Senhor que ocorreu numa sexta-feira.


3. Angelus

Reza-se tradicionalmente três vezes ao dia: 6:00, 12:00 e 18:00. O Angelus é uma oração que lembra ao católico a cena mais dramática da história da salvação. Trata-se do momento em que uma Mulher disse sim aos planos de Deus recuperando a aliança quebrada pelo não dito por uma outra Mulher. Esse sim magistral nos lembra nestas três horas do dia o motivo de sermos católicos: Jesus Cristo. Cabe lembrar o exemplo dos muçulmanos que param tudo o que estão fazendo, pegam o tapetinho onde estiverem e fazem suas orações em determinados períodos do dia. O católico nem precisa de tanto. Mas quantos tem a iniciativa?


4. Orações antes e depois das refeições

Deixa aquele teu sanduíche do Mc Donalds de lado e reza assim, ó:

Antes das refeições.

“Abençoai-nos, Senhor, e a estes alimentos que recebemos das Vossa mãos. Por Cristo Nosso Senhor. R. Amen.
V. Que o Rei da eterna glória nos faça participantes da mesa celestial. R. Amen.

Depois das refeições.

Damo-Vos graças, Deus onipotente, por todos os Vossos benefícios. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. R. Amen.
V. Que o Senhor nos dê a sua paz e a vida eterna. R. Amen.

Fácil, não? O segundo passo será fazê-las em latim. Não é para ninguém ver não…mas certamente este ato de louvor a Deus será um testemunho e tanto para este mundo secularizado em que vivemos.


5. Confiteor

Muito conhecido como “Mea Culpa” por causa do original em latim, o Confiteor é uma oração tradicional da Igreja. Ela é sempre dita (obrigatoriamente) na missa e no ritual da extrema-unção, mas os leigos também fariam bem se rezassem esta bela oração especialmente antes de dormir. Taí uma oração que sempre nos vale naquelas situações difíceis em que precisamos pedir perdão a Deus, mas faltam-nos as palavras. O Confiteor tradicional, até hoje rezado na missa tridentina pode ser encontrado aqui (particularmente acho bem mais bonito).

24/10/2011

Pontifício Conselho da Justiça e da Paz: "reformar sistema financeiro internacional"

Cidade do Vaticano (RV) - O Pontifício Conselho da Justiça e da Paz publicou, nesta segunda-feira, uma nota sobre a reforma do sistema financeiro internacional, sugerindo a criação de uma autoridade pública mundial a serviço do bem comum.

O documento foi apresentado hoje na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo presidente desse organismo vaticano, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson.

"A criação de uma autoridade pública mundial, a serviço do bem comum é o único horizonte compatível com as novas realidades do nosso tempo" – lê-se na nota que oferece uma contribuição aos governantes e aos homens de boa vontade diante da atual crise econômica e financeira mundial.

Segundo o Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, "hoje está em jogo o bem comum da humanidade e o futuro", pois mais de um bilhão de pessoas vive com pouco mais de um dólar por dia, e aumentaram as desigualdades no mundo, gerando tensões e imponentes movimentos migratórios.

"Ninguém pode aceitar o desenvolvimento de alguns países em detrimento de outros. Se não colocarmos um fim às injustiças que afetam o mundo, os efeitos negativos no plano social, político e econômico irão criar um clima crescente de hostilidade e violência, até afetar as bases das instituições democráticas" – frisa o documento.
Segundo a nota, as causas da crise são provenientes de num liberalismo econômico sem regras e sem controles, e em três ideologias que têm um efeito devastador: utilitarismo, individualismo e tecnocracia.

Por um mercado a serviço da ética é necessário recuperar a primazia da ética e da política nas finanças, daí a proposta de "medidas de tributação das transações financeiras através de tarifas justas, para contribuir na criação de uma reserva mundial a fim de apoiar as economias dos países atingidos pela crise, e a reabilitação de seu sistema monetário e financeiro"; "formas de recapitalização dos bancos com fundos públicos condicionando o apoio a comportamentos virtuosos e finalizados a desenvolver a economia real". (MJ)

 

22/10/2011

Conheça os 7 hábitos dos Católicos altamente eficazes

Hábito #1 – Participe dos sacramentos com regularidade
A missa dominical é o básico. Para que seja ainda mais eficaz, você também deve adquirir o hábito de confissão regular (uma vez por mês é um bom começo) e missa diária quando possível.  Pode-se juntar a Adoração ao Santíssimo a isso também.
“Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações.” (Atos dos Apóstolos 2, 42)

Hábito #2 – Mergulhe profundamente na oração
A oração é a ligação entre Deus e o homem. Não podemos esperar ser bons católicos se não tivermos numa relação pessoal com Deus. A base dessa relação é a vida de oração pessoal diária.
“Orai sem cessar; Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo.” (I Tessalonicenses 5, 17-18)

Hábito #3 – Cultive as virtudes e arranque os vícios
Quais virtudes nos faltam? É nisso que temos que nos focar. Pegue uma virtude que você precisa melhorar e trabalhe nisso. Se melhorarmos em pelo menos uma virtude, isso geralmente significa que cresceremos nas outras também. Este é o efeito produzido ao tentar arrancar os próprios vícios, especialmente aqueles que te controlam mais regularmente.
“Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos.9. O que aprendestes, recebestes, ouvistes e observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco.” (Filipenses 4, 8-9)

Hábito #4 – Conheça os ensinamentos das Escrituras e da Igreja
Quanto mais conhecemos sobre Cristo e sua Igreja, mais amor teremos para dar. Isto só ocorrerá se pudermos aplicar estes ensinamentos concretamente em nossas vidas. Porém, o início de tudo se dá primeiramente com a auto-disciplina e, em seguida, com o aprendizado do que Cristo realmente ensinou, não apenas o que achamos que ele ensinou. Este é um processo que durará a vida toda.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.” (II Timóteo 3, 15-16)

Hábito #5 – Pratique a felicidade, independente das circunstâncias
É mais fácil falar que fazer. A felicidade é uma disposição, não um sentimento. Não confunda felicidade com alegria, que vem e vai. Podemos praticar a felicidade por meio de atos de vontade e quando fortificados pela graça. Como Madre Teresa poderia continuar a servir os mais pobres mesmo quando ela sofria nas profundezas de sua alma? Felicidade!
“Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus.” (Filipenses 4, 4-7)

Hábito #6 – Direção espiritual
Deveríamos viver em um constante estado de discernimento, perguntando: ” o que Deus quer de mim agora?” Quando vivemos o momento buscando combinar a nossa vontade à vontade de Deus, isso adquire muito valor. A ajuda de um bom diretor espiritual é inestimável para alcançarmos este objetivo. O diretor espiritual pode ser um observador objetivo das nossas vidas e dos movimentos do Espírito Santo.
“Filipe aproximou-se e ouviu que o eunuco lia o profeta Isaías, e perguntou-lhe: Porventura entendes o que estás lendo?Respondeu-lhe: Como é que posso, se não há alguém que mo explique? E rogou a Filipe que subisse e se sentasse junto dele.” (Atos dos Apóstolos 8, 30-31)

Hábito #7 – Partilhe a sua fé
Manter algo como a verdade, a beleza, a bondade de Cristo guardado é uma atitude extremamente egoísta. Os católicos eficazes evangelizam os outros regularmente pelas suas palavras e atos. O papa Paulo VI disse que a Igreja “existe para evangelizar”.
“Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mateus 28, 19-20)


07/10/2011

Petrolina - TV Rainha dos Anjos inaugura transmissão ao vivo

A posse de Dom Manoel, 7° bispo de Petrolina será transmitida ao vivo pela TV Rainha dos Anjos, que inaugura nesse momento mais este serviço.
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A transmissão começará automaticamente a partir das 17h; caso nao comece, clique no "play" ou se preferir a opção 2, abaixo, clique no local indicado e abra o Windows Media Player para acompanhar a programação. Quando começar, feche a presente página.

Opção 2: Para acompanhar via Windows Media Player, clique AQUI



21/09/2011

Mulheres sacerdotisas, celibato e poder de Roma

Entrevista com o prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Piacenza

ZP11092003 - 20-09-2011
Permalink: http://www.zenit.org/article-28881?l=portuguese

Por Antonio Gaspari

ROMA, terça-feira, 20 de setembro de 2011 (Zenit.org) – O cardeal Mauro Piacenza, prefeito da Congregação para o Clero, raramente intervém no debate público. Ele evita, de fato, toda demagogia e presencialismo e é conhecido como homem de incansável e silencioso trabalho e como eficaz observador de todos os fenômenos que afetam a cultura contemporânea.

Extraordinariamente, ele nos concedeu esta entrevista sobre temas “candentes”, em um clima de cordialidade, mostrando essa criatividade pastoral que sempre aparece em um autêntico e fiel pastor da Igreja.

ZENIT: Eminência, com surpreendente periodicidade, há várias décadas, voltam a aparecer no debate público algumas questões eclesiais, sempre as mesmas. A que se deve este fenômeno?

Cardeal Piacenza: Sempre, na história da Igreja, houve movimentos “centrífugos”, que tendem a “normalizar” a excepcionalidade do evento de Cristo e do seu Corpo vivente na história, que é a Igreja. Uma “Igreja normalizada” perderia toda a sua força profética, não diria mais nada ao homem e ao mundo e, de fato, trairia o seu Senhor.

A grande diferença da época contemporânea é doutrinal e midiática. Doutrinalmente, pretende-se justificar o pecado, não confiando na misericórdia, mas deixando-se levar por uma perigosa autonomia que tem o sabor do ateísmo prático; do ponto de vista midiático, nas últimas décadas, as fisiológicas “forças centrífugas” recebem a atenção e a inoportuna amplificação dos meios de comunicação que vivem, de certa maneira, de contrastes.

ZENIT: Deve-se considerar a ordenação sacerdotal das mulheres como uma “questão doutrinal”?

Cardeal Piacenza: Certamente, como todos sabem, a questão já foi tratada por Paulo VI e o Beato João Paulo II, e este, com a carta apostólica Ordinatio Sacerdotalis, de 1994, fechou definitivamente a questão.

De fato, afirmou: “Com o fim de afastar toda dúvida sobre uma questão de grande importância, que diz respeito à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar na fé aos irmãos, declaro que a Igreja não tem, de forma alguma, a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que este ditame deve ser considerado como definitivo por todos os fiéis da Igreja”. Alguns, justificando o injustificável, falaram de uma “definitividade relativa” da doutrina até esse momento, mas, francamente, esta tese é tão inusual que carece de qualquer fundamento.

ZENIT: Então, não há lugar para as mulheres na Igreja?

Cardeal Piacenza: Todo o contrário: as mulheres têm um papel importantíssimo no corpo eclesial e poderiam ter outro mais evidente ainda. A Igreja foi fundada por Cristo e não podemos determinar, nós, os homens, o seu perfil; portanto, a constituição hierárquica está ligada ao sacerdócio ministerial, que está reservado aos homens. Mas absolutamente nada impede de valorizar o gênio feminino em papéis que não estão ligados estreitamente ao exercício da ordem sagrada. Quem impediria, por exemplo, que uma grande economista fosse chefe da Administração da Sé Apostólica, ou que uma jornalista competente se tornasse porta-voz da Sala de Imprensa da Santa Sé?

Os exemplos podem se multiplicar em todos os desempenhos não vinculados à ordem sagrada. Há infinidade de tarefas nas quais o gênero feminino poderia realizar uma grande contribuição! Outra coisa é conceber o serviço como um poder e procurar, como o mundo faz, as “cotas” de tal poder. Considero, além disso, que o menosprezo do grande mistério da maternidade, que está sendo realizado nesta cultura dominante, tenha um papel muito importante na desorientação geral que existe com relação à mulher. A ideologia do lucro reduziu e instrumentalizou as mulheres, não reconhecendo a maior contribuição que estas, indiscutivelmente, podem dar à sociedade e ao mundo.

A Igreja, além disso, não é um governo político no qual é justo reivindicar uma representação adequada. A Igreja é outra coisa, a Igreja é o Corpo de Cristo e, nela, cada um é membro segundo o que Cristo estabeleceu. Por outro lado, a Igreja não é uma questão de papéis masculinos ou femininos, mas de papéis que implicam, por vontade divina, a ordenação ou não. Tudo o que um fiel leigo pode fazer, uma fiel leiga também pode fazer. O importante é ter a preparação específica e a idoneidade; ser homem ou mulher não é relevante.

ZENIT: Mas pode existir uma participação real na vida da Igreja, sem atribuições de poder efetivo e de responsabilidade?

Cardeal Piacenza: Quem disse que a participação na Igreja é uma questão de poder? Se fosse assim, cometeriam o grande erro de conceber a própria Igreja não como é, divino-humana, mas simplesmente como uma das muitas associações humanas, talvez a maior e mais nobre, por sua história; e deveria ser “administrada” distribuindo-se o poder.

Nada mais longe da realidade! A hierarquia da Igreja, além de ser de direta instituição divina, deve ser entendida sempre como um serviço à comunhão. Somente um erro, derivado historicamente da experiência das ditaduras, poderia conceber a hierarquia eclesiástica como o exercício de um 'poder absoluto”. Que perguntem isso a quem está chamado a colaborar com a responsabilidade pessoal do Papa pela Igreja universal! São tais e tantas as mediações, consultas, expressões de colegialidade real, que praticamente nenhum ato de governo é fruto de uma vontade única, mas sempre o resultado de um longo caminho, em escuta do Espírito Santo e da preciosa contribuição de muitos.

A colegialidade não é um conceito sociopolítico, mas deriva da comum Eucaristia, do affectus que nasce do alimentar-se do único Pão e do viver da única fé, do estar unidos a Cristo, Caminho, Verdade e Vida. E Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre!

ZENIT: Não é muito o poder que Roma ostenta?

Cardeal Piacenza: Dizer “Roma” significa simplesmente dizer “catolicidade” e “colegialidade”. Roma é a cidade que a providência escolheu como lugar do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo e o que a comunhão com esta Igreja significou sempre na história: comunhão com a Igreja universal, unidade, missão e certeza doutrinal. Roma está ao serviço de todas as Igrejas e muitas vezes protege as Igrejas que estão em dificuldade pelos poderes do mundo e por governos que nem sempre são plenamente respeitosos com o imprescindível direito humano e natural que é a liberdade religiosa.

A Igreja deve ser considerada a partir da constituição dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II, incluída, obviamente, a nota prévia ao documento. Lá, está descrita a Igreja das origens, a Igreja dos Padres, a Igreja de todos os séculos, que é a nossa Igreja de hoje, sem descontinuidade, a Igreja de Cristo. Roma está chamada a presidir na caridade e na verdade, únicas fontes reais da autêntica paz cristã. A unidade da Igreja não é o compromisso com o mundo e sua mentalidade, mas o resultado, dado por Cristo, da nossa fidelidade à verdade e da caridade que seremos capazes de viver.

Parece-me significativo, a este respeito, o fato de que hoje só a Igreja, como ninguém, defende o homem e sua razão, sua capacidade de conhecer a realidade e entrar em relação com isso; em resumo, o homem em sua integridade. Roma está a pleno serviço da Igreja de Deus que está no mundo e que é uma “janela aberta” ao mundo, janela que dá voz a todos os que não a têm, que convida todos a uma contínua conversão e, por isso, contribui – muitas vezes no silêncio e com o sofrimento, pagando às vezes com sua impopularidade – para a construção de um mundo melhor, para a civilização do amor.

ZENIT: Este papel de Roma não obstaculiza a unidade e o ecumenismo?

Cardeal Piacenza: O ecumenismo é uma prioridade na vida da Igreja e uma exigência absoluta que provém da própria oração do Senhor: “Ut unum sint”, que se converte, para todo cristão, em um “mandamento da unidade”. Na oração sincera e no espírito de contínua conversão interior, na fidelidade à própria identidade e na comum tensão da perfeita caridade dada por Deus, é necessário comprometer-se com convicção para que não haja contratempos no caminho do movimento ecumênico.

O mundo precisa da nossa unidade; portanto, é urgente continuar comprometendo-nos no diálogo da fé com todos os irmãos cristãos, para que Cristo seja o fermento da nossa sociedade. E também é urgente comprometer-se com os não-cristãos, isto é, no diálogo intercultural, para contribuir unidos para construir um mundo melhor, colaborando nas obras de bem e para que uma sociedade nova e mais humana seja possível. Roma, também nesta terra, tem um papel de propulsão único. Não há tempo para nos dividirmos: o tempo e as energias devem ser empregados para unir-nos.

ZENIT: Nesta Igreja, quem são e que papel têm os sacerdotes de hoje?

Cardeal Piacenza: Não são nem assistentes sociais nem funcionários de Deus! A crise de identidade é especialmente aguda nos contextos mais secularizados, nos quais parece que não existe lugar para Deus. Os sacerdotes, no entanto, são os de sempre: são o que Cristo quis que fossem! A identidade sacerdotal é cristocêntrica e, portanto, eucarística.

Cristocêntrica porque, como o Santo Padre recordou tantas vezes, no sacerdócio ministerial, “Cristo nos atrai dentro de Si”, envolvendo-se conosco e envolvendo-nos na sua própria existência. Tal atração “real” acontece sacramentalmente – portanto, de maneira objetiva e insuperável –, na Eucaristia, da qual os sacerdotes são ministros, isto é, servos e instrumentos eficazes.

ZENIT: É tão insuperável a lei sobre o celibato? Realmente não pode ser mudada?

Cardeal Piacenza: Não se trata de uma simples lei! A lei é consequência de uma realidade muito alta, que acontece somente na relação vital com Cristo. Jesus diz: “Quem tiver ouvidos, que ouça”. O sagrado celibato não se supera nunca, é sempre novo, no sentido de que, através disso, a vida dos sacerdotes se “renova”, porque se dá sempre em uma fidelidade que tem em Deus sua raiz e no florescer da liberdade humana, o próprio fruto.

O verdadeiro drama está na incapacidade contemporânea de realizar as escolhas definitivas, na dramática redução da liberdade humana, que se converteu em algo tão frágil, que não busca o bem nem sequer quando este é reconhecido e intuído como possibilidade para a própria existência. O celibato não é o problema; e as infidelidades e fraqueza dos sacerdotes não podem constituir um critério de juízo.

No demais, as estatísticas nos dizem que mais de 40% dos casamentos fracassam. Entre os sacerdotes, estamos em menos de 2%. Portanto, a solução não está, de forma alguma, na opcionalidade do sagrado celibato. Não será talvez questão de deixar de interpretar a liberdade como “ausência de vínculos” e de definitividade, e começar a redescobrir que, na definitividade do dom ao outro e a Deus consiste a verdadeira realização e felicidade humanas?

ZENIT: E as vocações? Não aumentariam, se abolissem o celibato?

Cardeal Piacenza: Não! As confissões cristãs nas quais, não existindo o sacerdócio ordenado, não existe a doutrina e a disciplina do celibato, encontram-se em um estado de profunda crise com relação às “vocações” de guia da comunidade – da mesma maneira que existem crises do sacramento do matrimônio uno e indissolúvel.

A crise da qual, na verdade, se está saindo lentamente, está ligada, fundamentalmente, à crise da fé no Ocidente. O que é preciso é comprometer-se a fazer a fé crescer. Este é o ponto. Nos mesmos ambientes, está em crise a santificação das festas, está em crise a confissão, está em crise o casamento etc. O secularismo e a conseguinte perda do sentido do sagrado, da fé e da sua prática, determinaram e determinam também uma importante diminuição do número dos candidatos ao sacerdócio.

A estas razões teológicas e eclesiais acrescentam-se algumas de caráter sociológico: a primeira de todas é a notável diminuição da natalidade, com a conseguinte diminuição dos jovens e das jovens vocações. Também este é um fator que não pode ser ignorado. Tudo está relacionado. Às vezes, estabelecem-se premissas e depois não se quer aceitar as consequências, mas estas são inevitáveis.

O primeiro e irrenunciável remédio para a diminuição das vocações foi sugerido pelo próprio Jesus: “Orai, portanto, ao dono da messe, para que envie operários para a sua messe” (Mt 9, 38). Este é o realismo da pastoral das vocações. A oração pelas vocações – uma intensa, universal, dilatada rede de oração e de adoração eucarística, que envolva todo mundo – é a verdadeira e única resposta possível para a crise da resposta às vocações. Onde esse comportamento orante é vivido de forma estabelecida, pode-se afirmar que se leva a cabo uma recuperação real.

É fundamental, além disso, prestar atenção à identidade e especificidade na vida eclesial, de sacerdotes, religiosos – estes na peculiaridade dos carismas fundacionais dos próprios institutos de pertença – e fiéis leigos, para que cada um possa, na verdade e na liberdade, compreender e acolher a vocação que Deus pensou para ele. Mas cada um deve ser autêntico e cada dia deve se comprometer em tornar-se o que é.

ZENIT: Eminência, neste momento histórico, se o senhor tivesse que resumir a situação geral, o que diria?

Cardeal Piacenza: Nosso programa não pode ser influenciado por querer estar por cima a todo custo, de querer sentir-nos aplaudidos pela opinião pública: nós devemos somente servir, por amor e com amor, o nosso Deus no nosso próximo, seja ele quem for, conscientes de que o Salvador é somente Jesus. Nós devemos deixá-lo passar, deixá-lo agir através das nossas pobres pessoas e do nosso compromisso cotidiano. Devemos colocar o que é “nosso”, mas também o que é “seu”. Nós, diante das situações aparentemente mais desastrosas, não devemos nos assustar. O Senhor, na barca de Pedro, parecia dormir, parecia! Devemos agir com energia, como se tudo dependesse de nós, mas com a paz de quem sabe que tudo depende do Senhor.

Portanto, devemos recordar que o nome do amor, no tempo, é “fidelidade”! O crente sabe que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, e não é “um” caminho, “uma” verdade, “uma” vida. Portanto, a coragem da verdade, pagando o preço de receber insultos e desprezo, é a chave da missão na nossa sociedade; é essa coragem que se une ao amor, à caridade pastoral, que deve ser recuperada e que torna fascinante, hoje mais do que nunca, a vocação cristã. Eu gostaria de citar o programa formulado sinteticamente em Stuttgart pelo Conselho da Igreja Evangélica em 1945: “Anunciar com mais coragem, rezar com mais confiança, crer com mais alegria, amar com mais paixão”.


16/09/2011

Surpresa de Deus



Ó Surpresa de Deus, Maravilha de Deus, preferida de Deus, alegria de Deus / ó Silêncio de Deus, ó Arco-iris de Deus, ó sonho lindo de Deus, Sacrário vivo de Deus.

*Catedral Iluminada do Senhor, honra e glória do teu povo Israel, nossa benção, luz e graça, nossa força e nossa paz,porta viva e gloriosa do céu.
* Entre todas as mulheres a mais santa, entre todas as mais simples mais humilde, mãe de cristo, mãe da Igreja, mãe dos homens , nossa mãe, entre todas a mais querida minha mãe.
- Templo de Deus, Jerusalém, renovação, cheia de graça, mestra do amor, Nossa senhora dos mil nomes.

Letra: Lauro Palú/ Música: Ronaldo Pelaquin - COMPRAR O CD DE ORIGEM...


EUA: mais de 150 meios-irmãos do mesmo sêmen

Denunciam risco de incesto acidental

WASHINGTON, quinta-feira, 15 de setembro de 2011(Zenit.org) – Uma trabalhadora social da área de Washington revelou ter descoberto que o sêmen utilizado para conceber seu filho, há sete anos, deu vida a pelo menos outras 150 crianças, o que gerou um debate moral sobre as consequências do fato. Existe inclusive a possibilidade de que se produza um incesto acidental.

Cynthia Daily, de 48 anos, declarou ao jornal The New York Times – em um artigo publicado em 6 de setembro – que iniciou uma busca dos meios-irmãos do seu filho através de um registro na internet.

Ela e seu cônjuge recorreram a um doador para conceber um bebê, há sete anos, e esperavam que um dia seu filho pudesse conhecer alguns dos seus meios-irmãos. Após buscar no registro virtual, Cynthia ajudou a criar um grupo online para poder rastreá-los.

Com os anos, viu como ia crescendo a quantidade de crianças do grupo do seu filho. Hoje, são mais de 150 e há outros a caminho. “É uma loucura vê-los juntos, porque são todos parecidos”, contou Cynthia, que às vezes sai de férias com famílias do grupo do seu filho.

À medida que cada vez mais mulheres decidem ter seus filhos sozinhas e aumenta a quantidade de nascidos por inseminação artificial, começam a aparecer grupos numerosos de irmãos, filhos de um mesmo doador. Nos Estados Unidos, onde a matéria não é regulamentada, há uma crescente preocupação entre pais, doadores e médicos sobre as potenciais consequências negativas de que haja tantos filhos do mesmo doador, inclusive a possibilidade de que genes de doenças raras se disseminem com mais facilidade. Alguns especialistas advertem sobre a possibilidade de que haja um incesto acidental entre meios-irmãos.

“Minha filha conhece o número do seu doador justamente por este motivo – contou a mãe de uma adolescente concebida por meio de doação de sêmen na Califórnia. Ela até se apaixonou por meninos que são filhos de doadores. O tema já é parte da educação sexual.”

Os setores mais críticos sustentam que os bancos de sêmen e clínicas de fertilidade estão lucrando muito, ao permitir que uma quantidade muito grande de crianças seja concebida com sêmen de doadores populares. Pedem limitem legais para a quantidade de crianças que podem ser concebidas com o sêmen de um mesmo doador.

“Ao comprar um carro usado, há mais regras a serem levadas em consideração que ao comprar sêmen”, disse Debora Spar, autora de “The Baby Business: How Money, Science and Politics Drive the Commerce of Conception” (“O negócio dos bebês: de que forma o dinheiro, a ciência e a política manejam o comércio da concepção”).

Ainda que em outros países, como Reino Unido, França e Suécia, limitem a quantidade de filhos para os quais um doador pode oferecer sêmen, nos Estados Unidos esse limite não existe.

Na Espanha, as clínicas de reprodução assistida mantêm as amostras congeladas até conseguir seis gravidezes por doador. Este é o máximo que a lei permite sobre técnicas de reprodução assistida.

A gratificação econômica para os doadores, um tema polêmico, é defendida, no entanto, pelas clínicas de reprodução assistida na Espanha. Especialistas reconhecem que, se não fossem abonados os 600 euros estabelecidos por doação, praticamente não haveria doadores. O retrato falado do doador de sêmen na Espanha é de um jovem universitário de menos de 35 anos.

Fonte: ZENIT

21/08/2011

Os "Princípios" do Jornal HOJE

"
O Jornal HOJE da Rede Globo noticiou as manifestações contrárias a visita do Papa Bento XVI a Madri.

Algumas perguntas para os editores de jornalismo da Globo, sobretudo agora que insistem na existência de certos "Princípios Editoriais", que seriam seguidos por todos seus profissionais:

1) Por que foi noticiada a manifestação de umas poucas centenas de pessoas contrárias à presença do Papa e sequer mencionada a multidão de 1 MILHÃO E 300 MIL jovens que se encontram em Madri para estar com o Papa?

2) Por que afirmaram que o motivo dos protestos é o financiamento público da visita do Papa, quando na verdade as despesas correm por conta das próprias dioceses, dos peregrinos e de patrocínios privados, e esta informação está acessível a qualquer pessoa minimamente interessada na verdade?

Estes são os "Princípios" da Rede Globo, senhores editores? A julgar pela edição de 18/08, o Jornal HOJE considera mais relevantes, do ponto de vista jornalístico, umas centenas contra o Papa que um milhão com ele!

Não se enganem, cristãos! Querem nos fazer crer que a maioria está contra nós, quando na verdade é uma minoria que nos quer submeter a seu regime de terror!"

Fonte: OBLATVS

E nós podemos ainda acrescentar o 3º ponto:
- Alem de não pesar aos cofres públicos, o que dizer dos 100.000.000,00 (cem milhões) de Euros que a Jornada Mundial da Juventude deixará na Espanha?



Números e Cifras da JMJ 2011

100.000.000 de Euros que a JMJ deixará na Espanha;
10.000.000 de metros de linha utilizados para confeccionar os paramentos;
1.200.000 contatos no canal You Tube da JMJ;
1.000.000 de jovens que participam dos eventos;
30.000 voluntários;
14.000 sacerdotes;
4.700 jornalistas de todo o mundo;
4.000 participantes com necessidades especiais;
2.000 jovens de países pobres participam graças ao Fundo de Solidariedade;
800 bispos de todo o mundo;
700 componentes do coro;
300 eventos culturais que se realizam em Madri;
200 confessionários em forma de vela utilizados para a “festa do perdão”;
193 países representados pelos peregrinos;
150 voluntários do pronto-socorro;
79 horas de permanência do Papa em Madri;
68 stands vocacionais presentes no parque del Retiro;
21 línguas nas quais é possível consultar o perfil oficial no Facebook;
17 tendas de adoração eucarística preparadas em Cuatro Vientos;
12 jovens no almoço com o Papa;
8 toneladas de frutas doadas;
7 toneladas de rosários para os peregrinos;
2 JMJ se realizaram na Espanha;
1 evento único;
0 custo para os contribuintes;

Tradução: OBLATVS



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