ZENIT - O mundo visto de Roma
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5ª CAMINHADA PELA PAZ EM JUAZEIRO
04/11/2011
12 dicas para superar as dificuldades na oração
Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, no Espírito (Efésios 6, 18)
Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. (Romanos 8, 26)Não somos capazes de fazer isso sozinhos. O Espírito Santo faz por nós o que não conseguimos fazer em nossa oração. Isto é vital, pois a oração é algo essencial para o sucesso. No entanto, vale esclarecer, sucesso aos olhos de Deus, o que é bem diferente do sucesso pelos parâmetros do mundo. O mundo diz que sucesso é dinheiro, fama, poder, posses, prazer, etc. Mas, a ideia divina de sucesso se chama santidade – ou seja – ser o tipo de pessoa que Deus quer que eu seja. Em outras palavras, sucesso = cumprir os planos que Deus tem para você. A oração é indispensável na realização desse processo.
Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo. (Lucas 18, 1)
- Desencorajamento: às vezes não sabemos o que dizer, como rezar, o que fazer. Às vezes nos sentimos cansados, indispostos ou apenas não temos vontade de rezar.
- Dúvida: estaria Deus realmente aí? Ele pode me ouvir? Ele se importa comigo, ainda que exista? A oração realmente tem algum valor?
- Impaciência: as orações parecem que ficam indo eternamente para o céu tendo apenas o silêncio como resposta. Quando Deus me responderá?
- Tentações: é facílimo rezar quando você não é internamente desafiado pela tentação, porém quando as tentações aparecem, torna-se um verdadeiro martírio.
- Preguiça: às vezes simplesmente desistimos ou nunca estabelecemos hábitos que possam nos sustentar nos tempos difíceis ou nas ocupações da vida moderna.
- Aridez: Deus parece distante e a oração se torna entediante. Isto pode ocorrer a qualquer momento.
- Problemas físicos, mentais e espirituais: quando sofremos, é difícil rezar, pois às vezes desejamos que um Deus amoroso faça este sofrimento parar.
- Frequente os sacramentos: se você puder ir à missa diariamente, você haverá dobrado o acesso ao maior presente dado à humanidade. Agora, confesse-se pelo menos uma vez ao mês e você alcançará milhares de outras graças. Ponha estes compromissos num calendário e assim você não se esquecerá deles.
- Busque desenvolver os bons hábitos : você deve ser capaz de confiar que os seus hábitos irão te ajudar e não te atrapalhar na oração. O desenvolvimento de um bom hábito leva pelo menos 66 dias (ou mais) para se consolidar. Então, se você puder se comprometer numa rotina de oração por 2 meses, você logo começará a fundar a base dos hábitos de oração saudáveis.
- Experiência conta: você talvez precise de alguém que seja mais objetivo que você para avaliar como vai a sua vida de oração e como o Espírito Santo está agindo. Um diretor espiritual é indispensável para o bom êxito, mas se você acha que ainda não está preparado, até mesmo ter um bom amigo para conversar pode ser de grande valia.
- Tente diferentes tipos de oração: todos nós temos diferentes gostos no quesito oração, exatamente como a maioria das coisas na vida. Dessa forma, tente diferentes tipos de oração e veja qual funciona melhor para você. Uma recomendação: não desista tão cedo de um determinado tipo de oração. Pode levar algum tempo para descobrir se será boa ou não.
- Jejue regularmente: há um enorme poder no jejum. Podemos ver isso nas Escrituras quando Jesus pede que seus discípulos façam o mesmo. Quando desenvolvemos um maior controle dos desejos do nosso corpo, podemos orar melhor.
- Supere as distrações: uma maneira fácil de se superar as distrações é não dando asas a elas. Uma vez que você se dá conta de que algo te distrai, redirecione o seu coração e volte-se novamente para a oração em vez de examinar a distração. Este ato simples é a forma mais fácil de se vencer as distrações.
- Não complique a oração: na maioria das vezes nós complicamos algo que deveria vir naturalmente para nós. Fomos feitos para a comunhão com Deus. A oração é puramente um direcionamento da mente e do coração para Deus. Se nós complicamos demais a oração, nunca poderemos ir além do acidental.
- Aridez é algo bom para nós: orações entediantes são como um presente de Deus. Sim, demoramos muito para ter consolações na oração. Exatamente como uma criança tem que esperar a hora certa de comer doces. Esta negativa é difícil, mas saudável para nós. É na aridez que nossa fé é provada e fortificada.
- Peça humildade: Na medida que somos humildes, deixamos o poder da graça de Deus crescer nas nossas vidas. Sem humildade na oração, Deus não é capaz de nos alcançar, pois não temos espaço interior para Ele.
- Trabalhe no entendimento de Deus e de si mesmo: talvez eu não possa enfatizar este ponto o bastante. Muitos de nós lutamos para entender como um Deus perfeito poderia nos amar e querer um relacionamento conosco. Porém, isto se dá por causa das nossas percepções distorcidas da nossa própria dignidade e do modo como Deus nos ama incondicionalmente.
- Silêncio: Nossas vidas modernas são preenchidas com barulho. Precisamos silenciar-nos para ouvir a Deus – tanto externa quanto internamente. Encontre um lugar tranquilo e calmo para orar. A igreja ajuda muito nesse sentido. Assim, se você puder dar uma paradinha numa igreja, ainda que por pouco tempo, eu recomendo que o faça.
- Dê prioridade à oração: agende, adie alguma coisa, acorde cedo, enfim, faça o que tiver que fazer, mas não deixe o dia passar sem passar um tempo com a pessoa mais importante da sua vida.
01/11/2011
Dia de todos os Santos
Nele estão representados os diversos caminhos para a santidade: (de baixo para cima) apóstolos, santos inocentes, doutores, reis, monges, virgens, mártires, rainhas, anjos e Nossa Senhora. Ao centro, no alto, a Santíssima Trindade.
"Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas, a eles que, segundo a promessa do Filho, o mesmo Pai celeste glorifica? De que lhes servem nossos elogios? Os santos não precisam de nossas homenagens, nem lhes vale nossa devoção. Se veneramos os Santos, sem duvida nenhuma, o interesse é nosso, não deles. Eu por mim, confesso, ao recordar-me deles, sinto acender-se um desejo veemente.
- Dos sermões de São Bernardo, abade (Século XII - LH IV p. 1421).
Agradecimentos: Tesouros da Igreja Católica
31/10/2011
Um programa, um objetivo, um fim almejado
Como dar um “plus” na sua vida de católico praticante
Os dias e períodos de penitência para a Igreja universal são todas as sextas-feiras de todo o ano e o tempo da Quaresma [Cânon 1250]. A abstinência de carne ou de qualquer outro alimento determinado pela Conferência Episcopal deve ser observada em todas as sextas, exceto nas solenidades. [Cânon 1251].
V. Que o Rei da eterna glória nos faça participantes da mesa celestial. R. Amen.
V. Que o Senhor nos dê a sua paz e a vida eterna. R. Amen.
24/10/2011
Pontifício Conselho da Justiça e da Paz: "reformar sistema financeiro internacional"
O documento foi apresentado hoje na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo presidente desse organismo vaticano, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson.
"A criação de uma autoridade pública mundial, a serviço do bem comum é o único horizonte compatível com as novas realidades do nosso tempo" – lê-se na nota que oferece uma contribuição aos governantes e aos homens de boa vontade diante da atual crise econômica e financeira mundial.
Segundo o Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, "hoje está em jogo o bem comum da humanidade e o futuro", pois mais de um bilhão de pessoas vive com pouco mais de um dólar por dia, e aumentaram as desigualdades no mundo, gerando tensões e imponentes movimentos migratórios.
"Ninguém pode aceitar o desenvolvimento de alguns países em detrimento de outros. Se não colocarmos um fim às injustiças que afetam o mundo, os efeitos negativos no plano social, político e econômico irão criar um clima crescente de hostilidade e violência, até afetar as bases das instituições democráticas" – frisa o documento.
Segundo a nota, as causas da crise são provenientes de num liberalismo econômico sem regras e sem controles, e em três ideologias que têm um efeito devastador: utilitarismo, individualismo e tecnocracia.
Por um mercado a serviço da ética é necessário recuperar a primazia da ética e da política nas finanças, daí a proposta de "medidas de tributação das transações financeiras através de tarifas justas, para contribuir na criação de uma reserva mundial a fim de apoiar as economias dos países atingidos pela crise, e a reabilitação de seu sistema monetário e financeiro"; "formas de recapitalização dos bancos com fundos públicos condicionando o apoio a comportamentos virtuosos e finalizados a desenvolver a economia real". (MJ)
22/10/2011
Conheça os 7 hábitos dos Católicos altamente eficazes
“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.” (II Timóteo 3, 15-16)
07/10/2011
Petrolina - TV Rainha dos Anjos inaugura transmissão ao vivo
Opção 2: Para acompanhar via Windows Media Player, clique AQUI
21/09/2011
Mulheres sacerdotisas, celibato e poder de Roma
ZP11092003 - 20-09-2011
Permalink: http://www.zenit.org/article-28881?l=portuguese
ROMA, terça-feira, 20 de setembro de 2011 (Zenit.org) – O cardeal Mauro Piacenza, prefeito da Congregação para o Clero, raramente intervém no debate público. Ele evita, de fato, toda demagogia e presencialismo e é conhecido como homem de incansável e silencioso trabalho e como eficaz observador de todos os fenômenos que afetam a cultura contemporânea.
Extraordinariamente, ele nos concedeu esta entrevista sobre temas “candentes”, em um clima de cordialidade, mostrando essa criatividade pastoral que sempre aparece em um autêntico e fiel pastor da Igreja.
ZENIT: Eminência, com surpreendente periodicidade, há várias décadas, voltam a aparecer no debate público algumas questões eclesiais, sempre as mesmas. A que se deve este fenômeno?
Cardeal Piacenza: Sempre, na história da Igreja, houve movimentos “centrífugos”, que tendem a “normalizar” a excepcionalidade do evento de Cristo e do seu Corpo vivente na história, que é a Igreja. Uma “Igreja normalizada” perderia toda a sua força profética, não diria mais nada ao homem e ao mundo e, de fato, trairia o seu Senhor.
A grande diferença da época contemporânea é doutrinal e midiática. Doutrinalmente, pretende-se justificar o pecado, não confiando na misericórdia, mas deixando-se levar por uma perigosa autonomia que tem o sabor do ateísmo prático; do ponto de vista midiático, nas últimas décadas, as fisiológicas “forças centrífugas” recebem a atenção e a inoportuna amplificação dos meios de comunicação que vivem, de certa maneira, de contrastes.
ZENIT: Deve-se considerar a ordenação sacerdotal das mulheres como uma “questão doutrinal”?
Cardeal Piacenza: Certamente, como todos sabem, a questão já foi tratada por Paulo VI e o Beato João Paulo II, e este, com a carta apostólica Ordinatio Sacerdotalis, de 1994, fechou definitivamente a questão.
De fato, afirmou: “Com o fim de afastar toda dúvida sobre uma questão de grande importância, que diz respeito à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar na fé aos irmãos, declaro que a Igreja não tem, de forma alguma, a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que este ditame deve ser considerado como definitivo por todos os fiéis da Igreja”. Alguns, justificando o injustificável, falaram de uma “definitividade relativa” da doutrina até esse momento, mas, francamente, esta tese é tão inusual que carece de qualquer fundamento.
ZENIT: Então, não há lugar para as mulheres na Igreja?
Cardeal Piacenza: Todo o contrário: as mulheres têm um papel importantíssimo no corpo eclesial e poderiam ter outro mais evidente ainda. A Igreja foi fundada por Cristo e não podemos determinar, nós, os homens, o seu perfil; portanto, a constituição hierárquica está ligada ao sacerdócio ministerial, que está reservado aos homens. Mas absolutamente nada impede de valorizar o gênio feminino em papéis que não estão ligados estreitamente ao exercício da ordem sagrada. Quem impediria, por exemplo, que uma grande economista fosse chefe da Administração da Sé Apostólica, ou que uma jornalista competente se tornasse porta-voz da Sala de Imprensa da Santa Sé?
Os exemplos podem se multiplicar em todos os desempenhos não vinculados à ordem sagrada. Há infinidade de tarefas nas quais o gênero feminino poderia realizar uma grande contribuição! Outra coisa é conceber o serviço como um poder e procurar, como o mundo faz, as “cotas” de tal poder. Considero, além disso, que o menosprezo do grande mistério da maternidade, que está sendo realizado nesta cultura dominante, tenha um papel muito importante na desorientação geral que existe com relação à mulher. A ideologia do lucro reduziu e instrumentalizou as mulheres, não reconhecendo a maior contribuição que estas, indiscutivelmente, podem dar à sociedade e ao mundo.
A Igreja, além disso, não é um governo político no qual é justo reivindicar uma representação adequada. A Igreja é outra coisa, a Igreja é o Corpo de Cristo e, nela, cada um é membro segundo o que Cristo estabeleceu. Por outro lado, a Igreja não é uma questão de papéis masculinos ou femininos, mas de papéis que implicam, por vontade divina, a ordenação ou não. Tudo o que um fiel leigo pode fazer, uma fiel leiga também pode fazer. O importante é ter a preparação específica e a idoneidade; ser homem ou mulher não é relevante.
ZENIT: Mas pode existir uma participação real na vida da Igreja, sem atribuições de poder efetivo e de responsabilidade?
Cardeal Piacenza: Quem disse que a participação na Igreja é uma questão de poder? Se fosse assim, cometeriam o grande erro de conceber a própria Igreja não como é, divino-humana, mas simplesmente como uma das muitas associações humanas, talvez a maior e mais nobre, por sua história; e deveria ser “administrada” distribuindo-se o poder.
Nada mais longe da realidade! A hierarquia da Igreja, além de ser de direta instituição divina, deve ser entendida sempre como um serviço à comunhão. Somente um erro, derivado historicamente da experiência das ditaduras, poderia conceber a hierarquia eclesiástica como o exercício de um 'poder absoluto”. Que perguntem isso a quem está chamado a colaborar com a responsabilidade pessoal do Papa pela Igreja universal! São tais e tantas as mediações, consultas, expressões de colegialidade real, que praticamente nenhum ato de governo é fruto de uma vontade única, mas sempre o resultado de um longo caminho, em escuta do Espírito Santo e da preciosa contribuição de muitos.
A colegialidade não é um conceito sociopolítico, mas deriva da comum Eucaristia, do affectus que nasce do alimentar-se do único Pão e do viver da única fé, do estar unidos a Cristo, Caminho, Verdade e Vida. E Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre!
ZENIT: Não é muito o poder que Roma ostenta?
Cardeal Piacenza: Dizer “Roma” significa simplesmente dizer “catolicidade” e “colegialidade”. Roma é a cidade que a providência escolheu como lugar do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo e o que a comunhão com esta Igreja significou sempre na história: comunhão com a Igreja universal, unidade, missão e certeza doutrinal. Roma está ao serviço de todas as Igrejas e muitas vezes protege as Igrejas que estão em dificuldade pelos poderes do mundo e por governos que nem sempre são plenamente respeitosos com o imprescindível direito humano e natural que é a liberdade religiosa.
A Igreja deve ser considerada a partir da constituição dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II, incluída, obviamente, a nota prévia ao documento. Lá, está descrita a Igreja das origens, a Igreja dos Padres, a Igreja de todos os séculos, que é a nossa Igreja de hoje, sem descontinuidade, a Igreja de Cristo. Roma está chamada a presidir na caridade e na verdade, únicas fontes reais da autêntica paz cristã. A unidade da Igreja não é o compromisso com o mundo e sua mentalidade, mas o resultado, dado por Cristo, da nossa fidelidade à verdade e da caridade que seremos capazes de viver.
Parece-me significativo, a este respeito, o fato de que hoje só a Igreja, como ninguém, defende o homem e sua razão, sua capacidade de conhecer a realidade e entrar em relação com isso; em resumo, o homem em sua integridade. Roma está a pleno serviço da Igreja de Deus que está no mundo e que é uma “janela aberta” ao mundo, janela que dá voz a todos os que não a têm, que convida todos a uma contínua conversão e, por isso, contribui – muitas vezes no silêncio e com o sofrimento, pagando às vezes com sua impopularidade – para a construção de um mundo melhor, para a civilização do amor.
ZENIT: Este papel de Roma não obstaculiza a unidade e o ecumenismo?
Cardeal Piacenza: O ecumenismo é uma prioridade na vida da Igreja e uma exigência absoluta que provém da própria oração do Senhor: “Ut unum sint”, que se converte, para todo cristão, em um “mandamento da unidade”. Na oração sincera e no espírito de contínua conversão interior, na fidelidade à própria identidade e na comum tensão da perfeita caridade dada por Deus, é necessário comprometer-se com convicção para que não haja contratempos no caminho do movimento ecumênico.
O mundo precisa da nossa unidade; portanto, é urgente continuar comprometendo-nos no diálogo da fé com todos os irmãos cristãos, para que Cristo seja o fermento da nossa sociedade. E também é urgente comprometer-se com os não-cristãos, isto é, no diálogo intercultural, para contribuir unidos para construir um mundo melhor, colaborando nas obras de bem e para que uma sociedade nova e mais humana seja possível. Roma, também nesta terra, tem um papel de propulsão único. Não há tempo para nos dividirmos: o tempo e as energias devem ser empregados para unir-nos.
ZENIT: Nesta Igreja, quem são e que papel têm os sacerdotes de hoje?
Cardeal Piacenza: Não são nem assistentes sociais nem funcionários de Deus! A crise de identidade é especialmente aguda nos contextos mais secularizados, nos quais parece que não existe lugar para Deus. Os sacerdotes, no entanto, são os de sempre: são o que Cristo quis que fossem! A identidade sacerdotal é cristocêntrica e, portanto, eucarística.
Cristocêntrica porque, como o Santo Padre recordou tantas vezes, no sacerdócio ministerial, “Cristo nos atrai dentro de Si”, envolvendo-se conosco e envolvendo-nos na sua própria existência. Tal atração “real” acontece sacramentalmente – portanto, de maneira objetiva e insuperável –, na Eucaristia, da qual os sacerdotes são ministros, isto é, servos e instrumentos eficazes.
ZENIT: É tão insuperável a lei sobre o celibato? Realmente não pode ser mudada?
Cardeal Piacenza: Não se trata de uma simples lei! A lei é consequência de uma realidade muito alta, que acontece somente na relação vital com Cristo. Jesus diz: “Quem tiver ouvidos, que ouça”. O sagrado celibato não se supera nunca, é sempre novo, no sentido de que, através disso, a vida dos sacerdotes se “renova”, porque se dá sempre em uma fidelidade que tem em Deus sua raiz e no florescer da liberdade humana, o próprio fruto.
O verdadeiro drama está na incapacidade contemporânea de realizar as escolhas definitivas, na dramática redução da liberdade humana, que se converteu em algo tão frágil, que não busca o bem nem sequer quando este é reconhecido e intuído como possibilidade para a própria existência. O celibato não é o problema; e as infidelidades e fraqueza dos sacerdotes não podem constituir um critério de juízo.
No demais, as estatísticas nos dizem que mais de 40% dos casamentos fracassam. Entre os sacerdotes, estamos em menos de 2%. Portanto, a solução não está, de forma alguma, na opcionalidade do sagrado celibato. Não será talvez questão de deixar de interpretar a liberdade como “ausência de vínculos” e de definitividade, e começar a redescobrir que, na definitividade do dom ao outro e a Deus consiste a verdadeira realização e felicidade humanas?
ZENIT: E as vocações? Não aumentariam, se abolissem o celibato?
Cardeal Piacenza: Não! As confissões cristãs nas quais, não existindo o sacerdócio ordenado, não existe a doutrina e a disciplina do celibato, encontram-se em um estado de profunda crise com relação às “vocações” de guia da comunidade – da mesma maneira que existem crises do sacramento do matrimônio uno e indissolúvel.
A crise da qual, na verdade, se está saindo lentamente, está ligada, fundamentalmente, à crise da fé no Ocidente. O que é preciso é comprometer-se a fazer a fé crescer. Este é o ponto. Nos mesmos ambientes, está em crise a santificação das festas, está em crise a confissão, está em crise o casamento etc. O secularismo e a conseguinte perda do sentido do sagrado, da fé e da sua prática, determinaram e determinam também uma importante diminuição do número dos candidatos ao sacerdócio.
A estas razões teológicas e eclesiais acrescentam-se algumas de caráter sociológico: a primeira de todas é a notável diminuição da natalidade, com a conseguinte diminuição dos jovens e das jovens vocações. Também este é um fator que não pode ser ignorado. Tudo está relacionado. Às vezes, estabelecem-se premissas e depois não se quer aceitar as consequências, mas estas são inevitáveis.
O primeiro e irrenunciável remédio para a diminuição das vocações foi sugerido pelo próprio Jesus: “Orai, portanto, ao dono da messe, para que envie operários para a sua messe” (Mt 9, 38). Este é o realismo da pastoral das vocações. A oração pelas vocações – uma intensa, universal, dilatada rede de oração e de adoração eucarística, que envolva todo mundo – é a verdadeira e única resposta possível para a crise da resposta às vocações. Onde esse comportamento orante é vivido de forma estabelecida, pode-se afirmar que se leva a cabo uma recuperação real.
É fundamental, além disso, prestar atenção à identidade e especificidade na vida eclesial, de sacerdotes, religiosos – estes na peculiaridade dos carismas fundacionais dos próprios institutos de pertença – e fiéis leigos, para que cada um possa, na verdade e na liberdade, compreender e acolher a vocação que Deus pensou para ele. Mas cada um deve ser autêntico e cada dia deve se comprometer em tornar-se o que é.
ZENIT: Eminência, neste momento histórico, se o senhor tivesse que resumir a situação geral, o que diria?
Cardeal Piacenza: Nosso programa não pode ser influenciado por querer estar por cima a todo custo, de querer sentir-nos aplaudidos pela opinião pública: nós devemos somente servir, por amor e com amor, o nosso Deus no nosso próximo, seja ele quem for, conscientes de que o Salvador é somente Jesus. Nós devemos deixá-lo passar, deixá-lo agir através das nossas pobres pessoas e do nosso compromisso cotidiano. Devemos colocar o que é “nosso”, mas também o que é “seu”. Nós, diante das situações aparentemente mais desastrosas, não devemos nos assustar. O Senhor, na barca de Pedro, parecia dormir, parecia! Devemos agir com energia, como se tudo dependesse de nós, mas com a paz de quem sabe que tudo depende do Senhor.
Portanto, devemos recordar que o nome do amor, no tempo, é “fidelidade”! O crente sabe que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, e não é “um” caminho, “uma” verdade, “uma” vida. Portanto, a coragem da verdade, pagando o preço de receber insultos e desprezo, é a chave da missão na nossa sociedade; é essa coragem que se une ao amor, à caridade pastoral, que deve ser recuperada e que torna fascinante, hoje mais do que nunca, a vocação cristã. Eu gostaria de citar o programa formulado sinteticamente em Stuttgart pelo Conselho da Igreja Evangélica em 1945: “Anunciar com mais coragem, rezar com mais confiança, crer com mais alegria, amar com mais paixão”.
16/09/2011
Surpresa de Deus
Ó Surpresa de Deus, Maravilha de Deus, preferida de Deus, alegria de Deus / ó Silêncio de Deus, ó Arco-iris de Deus, ó sonho lindo de Deus, Sacrário vivo de Deus.
*Catedral Iluminada do Senhor, honra e glória do teu povo Israel, nossa benção, luz e graça, nossa força e nossa paz,porta viva e gloriosa do céu.
* Entre todas as mulheres a mais santa, entre todas as mais simples mais humilde, mãe de cristo, mãe da Igreja, mãe dos homens , nossa mãe, entre todas a mais querida minha mãe.
- Templo de Deus, Jerusalém, renovação, cheia de graça, mestra do amor, Nossa senhora dos mil nomes.
Letra: Lauro Palú/ Música: Ronaldo Pelaquin - COMPRAR O CD DE ORIGEM...
EUA: mais de 150 meios-irmãos do mesmo sêmen
WASHINGTON, quinta-feira, 15 de setembro de 2011(Zenit.org) – Uma trabalhadora social da área de Washington revelou ter descoberto que o sêmen utilizado para conceber seu filho, há sete anos, deu vida a pelo menos outras 150 crianças, o que gerou um debate moral sobre as consequências do fato. Existe inclusive a possibilidade de que se produza um incesto acidental.
Cynthia Daily, de 48 anos, declarou ao jornal The New York Times – em um artigo publicado em 6 de setembro – que iniciou uma busca dos meios-irmãos do seu filho através de um registro na internet.
Ela e seu cônjuge recorreram a um doador para conceber um bebê, há sete anos, e esperavam que um dia seu filho pudesse conhecer alguns dos seus meios-irmãos. Após buscar no registro virtual, Cynthia ajudou a criar um grupo online para poder rastreá-los.
Com os anos, viu como ia crescendo a quantidade de crianças do grupo do seu filho. Hoje, são mais de 150 e há outros a caminho. “É uma loucura vê-los juntos, porque são todos parecidos”, contou Cynthia, que às vezes sai de férias com famílias do grupo do seu filho.
À medida que cada vez mais mulheres decidem ter seus filhos sozinhas e aumenta a quantidade de nascidos por inseminação artificial, começam a aparecer grupos numerosos de irmãos, filhos de um mesmo doador. Nos Estados Unidos, onde a matéria não é regulamentada, há uma crescente preocupação entre pais, doadores e médicos sobre as potenciais consequências negativas de que haja tantos filhos do mesmo doador, inclusive a possibilidade de que genes de doenças raras se disseminem com mais facilidade. Alguns especialistas advertem sobre a possibilidade de que haja um incesto acidental entre meios-irmãos.
“Minha filha conhece o número do seu doador justamente por este motivo – contou a mãe de uma adolescente concebida por meio de doação de sêmen na Califórnia. Ela até se apaixonou por meninos que são filhos de doadores. O tema já é parte da educação sexual.”
Os setores mais críticos sustentam que os bancos de sêmen e clínicas de fertilidade estão lucrando muito, ao permitir que uma quantidade muito grande de crianças seja concebida com sêmen de doadores populares. Pedem limitem legais para a quantidade de crianças que podem ser concebidas com o sêmen de um mesmo doador.
“Ao comprar um carro usado, há mais regras a serem levadas em consideração que ao comprar sêmen”, disse Debora Spar, autora de “The Baby Business: How Money, Science and Politics Drive the Commerce of Conception” (“O negócio dos bebês: de que forma o dinheiro, a ciência e a política manejam o comércio da concepção”).
Ainda que em outros países, como Reino Unido, França e Suécia, limitem a quantidade de filhos para os quais um doador pode oferecer sêmen, nos Estados Unidos esse limite não existe.
Na Espanha, as clínicas de reprodução assistida mantêm as amostras congeladas até conseguir seis gravidezes por doador. Este é o máximo que a lei permite sobre técnicas de reprodução assistida.
A gratificação econômica para os doadores, um tema polêmico, é defendida, no entanto, pelas clínicas de reprodução assistida na Espanha. Especialistas reconhecem que, se não fossem abonados os 600 euros estabelecidos por doação, praticamente não haveria doadores. O retrato falado do doador de sêmen na Espanha é de um jovem universitário de menos de 35 anos.
Fonte: ZENIT
21/08/2011
Os "Princípios" do Jornal HOJE
Fonte: OBLATVS
E nós podemos ainda acrescentar o 3º ponto:
- Alem de não pesar aos cofres públicos, o que dizer dos 100.000.000,00 (cem milhões) de Euros que a Jornada Mundial da Juventude deixará na Espanha?