ZENIT - O mundo visto de Roma

07/11/2012

Autor petrolinense lança obra teatral


Autor: Leonardo Alves da Silva
Sinopse:
A Flor e o Mandacaru conta a história de Vicente e suas peripécias, com uma mistura de lendas populares e costumes nordestinos; uma comédia romântica que vai fazer você se divertir bastante. Para adquirir a obra clique AQUI.


03/11/2012

Hino Oficial da Jornada Mundial da Juventude - Rio 2013


Video Promocional da Jornada Mundial da Juventude - Rio 2013


Igreja Católica compra famoso templo protestante da Califórnia

No início deste ano aconteceu a venda desse famoso templo americano, na cidade de Orange, no sul da Califórnia, para a Igreja Católica. Parece-nos que o fato não foi muito divulgado, (mas vimos esta semana um tópico no jornal italiano Avvenire) pelo que queremos deixar aqui o registro:
[Atualização da informação: 1) No dia 09 de Junho o Bispo de Orange, Tod D. Brown, anunciou que o templo se chamará Catedral de Cristo. 2) No dia 10/10 foi celebrada a primeira função religiosa católica no local: um terço, diante da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.]
“A Catedral de Cristal representa um ícone no movimento evangélico norteamericano, tendo sido construída por um dos primeiros televangelistas de que se tem notícia na história da humanidade, Robert H. Schuller, hoje com 85 anos de idade. Afundada em dívidas e com a família Schuller encastelada no poder e nos cargos muito bem remunerados da direção da igreja, não houve outra alternativa senão pedir concordata judicial, que no sistema legal americano de bankruptcy, equivale a uma recuperação judicial a fim de se evitar a iminente falência da organização empresarial. Sim, você leu bem: "empresarial", porque - a exemplo do que ocorre no Brasil - muitas dessas denominações independentes funcionam como empresas familiares, em que um certo "deus" (assim com "d" minúsculo mesmo) seria o suposto favorecido da arrecadação de dízimos, ofertas e produtos vendidos com o nome da organização, mas ninguém sabe exatamente o destino desse dinheiro. O que é público e notório é que, no caso da Catedral de Cristal, o resultado do nepotismo familiar foi uma catástrofe financeira. Em julho de 2011, também noticiamos que a diocese católica de Orange County se inscreveu judicialmente para comprar a Catedral de Crital, e assim ajudar a sanar as dívidas da organização evangélica e ficar com o seu suntuoso templo. A proposta católica foi aceita pelo juiz da causa e, em fevereiro último, a Catedral de Cristal foi vendida à diocese católica pela bagatela de 57,5 milhões de dólares. Entretanto, o pagamento da quantia está suspenso enquanto não se apura o exato valor do passivo da Catedral de Schuller, já que boa parte desse dinheiro (senão todo) será utilizada para quitar as muitas dívidas assumidas anteriormente em nome da organização. Registre-se, também, o ato de generosidade da diocese católica, que permitiu que Schuller utilize as dependências da Catedral por até 3 anos, quando somente então tomará posse dessa bênção de cristal. Parece, entretanto, que essa bênção reluzente chegará mais cedo do que os católicos imaginam, já que outro fato digno de nota é que as contribuições dos membros da igreja tiveram uma queda de cerca de 70% a partir do momento em que se tornou pública a farra que era feita com as finanças da Catedral, sem contar os muitos membros que deixaram a igreja de Schuller para trás e a debandada de pastores auxiliares que estão tratando de formar as suas próprias congregações independentes. Em dezembro de 2010, as entradas eram de 7,3 milhões de dólares e um ano depois haviam caído para 2,3 milhões. Para complicar ainda mais a situação toda, a família Schuller entrou com uma série de pedidos (tecnicamente chamados de "habilitações de crédito") no processo judicial, alegando que a Catedral de Cristal lhes deve cerca de 12,5 milhões de dólares em créditos trabalhistas, infrações de direitos autorais e propriedade intelectual, num cinismo jurídico que dá toda a pinta de que eles querem apenas tumultuar o andamento do processo e assim conseguir alguma margem de manobra para preservar algumas cabeças e negociar uma saída menos desonrosa (e com um prejuízo menor) do imbroglio, o que não parece possível no momento. (...) Hã?! O evangelho de Cristo? Bom... no clima de "salve-se quem puder" da organização falida de Schuller, infelizmente parece que ele passa bem distante de lá...”

Fonte: http://ocontornodasombra.blogspot.com.br/2012/03/catedral-de-cristal-aprofunda-o.html


12/10/2012

Viva a Mãe de Deus e nossa!

Da Homilia na Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida, do papa João Paulo II
 A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda
“Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”

Desde que pus os pés em terra brasileira, nos vários pontos por onde passei, ouvi este cântico. Ele é, na ingenuidade e singeleza de suas palavras, um grito da alma, uma saudação, uma invocação cheia de filial devoção e confiança para com aquela que, sendo verdadeira Mãe de Deus, nos foi dada por seu Filho Jesus no momento extremo da sua vida para ser nossa Mãe.


Sim, amados irmãos e filhos, Maria, a Mãe de Deus, é modelo para a Igreja, é Mãe para os remidos. Por sua adesão pronta e incondicional à vontade divina que lhe foi revelada, torna-se Mãe do Redentor, com uma participação íntima e toda especial na história da salvação. Pelos méritos de seu Filho, é Imaculada em sua Conceição, concebida sem a mancha original, preservada do pecado e cheia de graça.


Ao confessar-se serva do Senhor (Lc 1,38) e ao pronunciar o seu sim, acolhendo “em seu coração e em seu seio” o mistério de Cristo Redentor, Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e inteira obediência. Sem nada tirar ou diminuir e nada acrescentar à ação daquele que é o único Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Maria nos aponta as vias da salvação, vias que convergem todas para Cristo, seu Filho, e para a sua obra redentora.


Maria nos leva a Cristo, como afirma com precisão o Concílio Vaticano II: “A função maternal de Maria, em relação aos homens, de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia. E de nenhum modo impede o contato imediato dos fiéis com Cristo, antes o favorece”.


Mãe da Igreja, a Virgem Santíssima tem uma presença singular na vida e na ação desta mesma Igreja. Por isso mesmo, a Igreja tem os olhos sempre voltados para aquela que, permanecendo virgem, gerou, por obra do Espírito Santo, o Verbo feito carne. Qual é a missão da Igreja senão a de fazer nascer o Cristo no coração dos fiéis, pela ação do mesmo Espírito Santo, através da evangelização? Assim, a “Estrela da Evangelização”, como a chamou o meu Predecessor Paulo VI, aponta e ilumina os caminhos do anúncio do Evangelho. Este anúncio de Cristo Redentor, de sua mensagem de salvação, não pode ser reduzido a um mero projeto humano de bem-estar e felicidade temporal. Tem certamente incidências na história humana coletiva e individual, mas é fundamentalmente um anúncio de libertação do pecado para a comunhão com Deus, em Jesus Cristo. De resto, esta comunhão com Deus não prescinde de uma comunhão dos homens uns com os outros, pois os que se convertem a Cristo, autor da salvação e princípio de unidade, são chamados a congregar-se em Igreja, sacramento visível desta unidade humana salvífica.


Por tudo isto, nós todos, os que formamos a geração hodierna dos discípulos de Cristo, com total aderência à tradição antiga e com pleno respeito e amor pelos membros de todas as comunidades cristãs, desejamos unir-nos a Maria, impelidos por uma profunda necessidade da fé, da esperança e da caridade. Discípulos de Jesus Cristo neste momento crucial da história humana, em plena adesão à ininterrupta Tradição e ao sentimento constante da Igreja, impelidos por um íntimo imperativo de fé, esperança e caridade, nós desejamos unir-nos a Maria. E queremos fazê-lo através das expressões da piedade mariana da Igreja de todos os tempos.


A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz,segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: Fazei o que ele vos disser (Jo 2,5). E, como outrora em Caná da Galiléia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria: ela é sempre a “Mãe de Deus e nossa”.


21/09/2012

DICAS PARA CRIATIVIDADES NA LITURGIA


“Uma Liturgia bem celebrada é algo importantíssimo. O problema é justamente a dificuldade das pessoas de entenderem a real natureza do sentido da missa e das próprias regras litúrgicas. Assim, esses grupos geralmente se utilizam da "criatividade" para promover missas recheadas de elementos que não são próprios da Missa, nem se é permitido utilizá-los. Numa nobre tentativa de enriquecer a celebração, acabam passando por cima de todo o caráter sacrifical, deixando a missa parecida com tudo, menos com missa mesmo”.



Assim sendo, fazendo um recorte do longo artigo citado acima, e mudando algumas foto, seguem dicas para uma reta criatividade na liturgia:

 Dica de criatividade nº1: celebração versus Deum
QUEM FAZ ISSO? O Papa, em certas circunstâncias, e muitos bispos e padres pelo mundo, inclusive no Brasil.

Dica de criatividade nº2: uso de véu
QUEM FAZ ISSO? As fiéis mais velhas de nossas comunidades (eu conheço várias) e muitas jovens que estão descobrindo o seu valor.
 
Dica de criatividade nº 3: casula romana
QUEM FAZ ISSO? O Papa, em certas circunstâncias, e muitos bispos e padres pelo mundo, inclusive no Brasil.
Dica de criatividade nº4: somente rapazes no acolitato
QUEM FAZ ISSO? A maioria das paróquias do Brasil e do mundo.

Dica para criatividade nº 5: arranjo beneditino
QUEM FAZ ISSO? O Papa, na maioria das missas que celebra, e muitos bispos e padres pelo mundo, inclusive no Brasil.

Dica de criatividade nº6: Missa estacional versus Deum
(Missa solene, cantada, pelo bispo)
QUEM FAZ ISSO? Vários bispos pelo mundo, inclusive no Brasil.
Foto: "Fazendo com que a Comunhão seja recebida de joelhos e que seja administrada na boca, quis dar um sinal do temor e colocar um ponto de exclamação acerca da Presença real. Isto deve ficar claro: aqui está Ele, e é diante dele que caímos de joelhos!" (BENTO XVI, Luz do Mundo, cap. XV)
Dica de criatividade nº 7: Comunhão de joelhos, na boca
QUEM FAZ ISSO? O Papa, sempre, e muitos bispos e padres pelo mundo, inclusive no Brasil.
 
Dica de criatividade nº8: canto gregoriano
QUEM FAZ ISSO? O Papa, na maioria das vezes, e muitos bispos e padres pelo mundo, inclusive no Brasil.
 
Dica de criatividade nº9: dedos unidos após a consagração
QUEM FAZ ISSO? Muitos padres, que aprenderam a celebrar no (hoje) Rito Extraordinário.

 
Dica de criatividade nº10: uso do latim
QUEM FAZ ISSO? O Papa, sempre e na maioria das partes da missa, e muitos bispos e padres pelo mundo, inclusive no Brasil.
Agradecimentos ao site “Tradição em foco com Roma”, citado no início da matéria.

 

23/08/2012

Deus está na moda...

Arcebispo de Burgos fala de conversões

BURGOS, Espanha, quarta-feira, 22 de agosto de 2012 (www.zenit.org) - Em meio a um laicismo e relativismo que afeta continentes inteiros, em especial a Europa, e a poucas semanas da abertura da Assembleia Especial dos Bispos sobre a Nova Evangelização, dom Francisco Gil, arcebispo de Burgos, reflete sobre este fenômeno trazendo à tona casos que são um verdadeiro retorno a Deus.
A seguir, o texto integral da sua mensagem.



+ Francisco Gil Hellín
Talvez alguns pudessem pensar que a história dos grandes convertidos é água passada. A realidade é bem outra. As letras francesas, por exemplo, seguem as pegadas de Paul Claudel, Péguy e Mauriac, e, cada vez mais, são frequentes os romances e ensaios que têm como protagonista a fé cristã. Seguindo o caminho de escritores de tanta envergadura como Tournier e Decoin, está surgindo uma nova geração de autores crentes, cujas obras literárias e filosóficas procuram a concordância com a mensagem evangélica.
Mais ainda: autores como Sylvie Germain estão vendo que as suas obras começam a seduzir pessoas na laica França e mesmo além das suas fronteiras, de acordo com informações recentes do diário italiano Avvenire. Nas páginas de Le Figaro, François Tallandier, outro talentoso escritor da nova literatura francesa, explicou as razões da sua silenciosa conversão ao catolicismo, depois de longos anos de profundo ceticismo. “Talvez pelo esplendor de Bourges, que dava asas a Stendhal para ser cristão. Talvez pela modesta doçura da igreja românica de Ennezat. Talvez porque um dia, ouvindo pronunciar a palavra ‘católico’ com o desprezo de quem não precisa de mais razões, eu me cansei e me disse abertamente: ‘Eu sou católico’”.
O caminho criativo de F. Hadjadj também é uma referência na cultura francesa. Este escritor e intelectual judeu se converteu ao catolicismo depois de uma longa fase de niilismo. Num ensaio, ele analisa com ironia e paixão a própria indiferença diante da morte das sociedades do Ocidente, ao mesmo tempo em que convoca à profunda alegria alicerçada nas razões que a fé aponta. O próprio Dactec, intelectual excêntrico e controverso, se atreveu a gritar em público que “não há futuro para a humanidade fora de Cristo”.
São exemplos desse cada vez mais numeroso grupo de conversos que estão chegando ao catolicismo e, o que talvez chame ainda mais a atenção, não têm nenhum complexoem declará-lo. Elesme trazem à mente personagens históricos de tanto destaque como Tertuliano, o mais brilhante advogado de Cartago; São Cipriano, igualmente brilhante advogado convertido em plena idade madura; e o sem igual Santo Agostinho. Mais próximos de nós, a italiana Alessandra Borghese e a espanhola Maria Nájera.
Sem que seja uma conversão em sentido estrito, não deixa de chamar a atenção o caso de Akiko Tamura. Ela tem 37 anos e uma brilhante carreira como cirurgiã torácica na Clínica Universitária da Universidade de Navarra [Espanha]. Depois de fazer suas primeiras práticas na Universidade de Harvard e ampliar a especialidade no Hospital de Massachussets, aterrissou em Pamplona e conseguiu um grande prestígio profissional. Na última quinta-feira santa, conforme ela mesma contou em entrevista ao jornal [espanhol] ABC, “estava no meu carro, bem tranquila, e de repente, dentro do meu coração, notei claramente que Deus me pedia para ser carmelita descalça. Não ouvi vozes nem tive visões; só senti uma paz e um amor de Deus indescritível”. “Eu nunca teria pensando em virar freira num convento”, prossegue ela, mas “é o plano de Deus”. Tamura acaba de entrar como carmelita descalça no convento de Zarautz.
Sem sair da nossa diocese [de Burgos], as religiosas da Iesu Communio poderiam nos contar muitos casos parecidos. Não foram poucas as que deixaram a profissão, como engenheiras, arquitetas e médicas, e hoje são “loucamente felizes” vestindo um tosco e singelo hábito. Sem entrar nos muros de um convento, quantos profissionais de prestígio, estudantes universitários, donas de casa e jovens já descobriram “no meio da rua” a verdade do que Santa Teresa de Jesus dizia com grande convicção: “Só Deus basta”. No fundo, esta é a razão de aderirem à fé tantos profetas e apóstolos do niilismo e do ceticismo, ou de saírem da letargia religiosa tantos crentes mornos, que se transformam em verdadeiros crentes e apóstolos.

(Trad.:ZENIT)


22/08/2012

Por que Maria é Rainha?

CASTEL GANDOLFO, quarta-feira, 22 de agosto de 2012 (www.zenit.org) – Retomamos a seguir o  texto da catequese do Papa Bento XVI durante a Audiência Geral, que foi realizada esta manhã, em Castel Gandolfo.

Queridos irmãos e irmãs,
Hoje é a memória litúrgica da Santíssima Virgem Maria invocada com o título: "Rainha". É uma festa instituída recentemente, ainda se a devoção seja de origem antiga. Foi criada pelo Venerável Pio XII, em 1954, no final do Ano Mariano, definindo a data para o 31 de maio (cf. Carta Encíclica Ad Caeli Reginam, 11 de outubro de 1954: AAS 46 [1954], 625-640). Nesta ocasião, o Papa disse que Maria é Rainha mais do que qualquer outra criatura pela elevação de sua alma e pela excelência dos dons recebidos. Ela nunca deixa de conceder todos os tesouros do seu amor e dos seus cuidados pela humanidade (cf. Discurso em honra de Maria Rainha, 1º de novembro de 1954). Agora, após a reforma do calendário litúrgico, foi colocada depois de 8 dias da solenidade da Assunçaõ para sublinhar a estreita relação entre a realeza de Maria e a sua glorificação em alma e corpo junto ao seu Filho. Na Constituição sobre a Igreja do Concílio Vaticano II lemos assim: "Maria foi assunta à glória celeste, e exaltada por Deus como Rainha do universo, para que fosse mais plenamente conformada com o seu Filho” (Lumen gentium, 59).
Esta é a raiz da festa de hoje: Maria é Rainha porque está associada de modo único com o seu Filho, seja no caminho terreno, seja na glória do Céu. O grande santo da Síria, Efrém, o Sírio, afirma, sobre a realeza de Maria, que deriva da sua maternidade: Ela é Mãe do Senhor, do Rei dos reis (cfr. Is 9, 1-6) e nos mostra Jesus como vida, salvação e nossa esperança. O Servo de Deus Paulo VI lembrava na sua Exortação Apostólica Marialis Cultus: "Na Virgem Maria tudo é relativo a Cristo e tudo depende dele: por ele Deus Pai, desde toda a eternidade, a escolheu Mãe toda santa e a adornou de dons do Espírito, concedidos a mais ninguém "(n. 25).
Mas agora nos perguntamos: o que significa dizer Maria Rainha? É só um título como outros, a coroa, um ornamento como outros? O que significa isso? O que é esta realeza? Como já indicado, é uma conseqüência do seu ser unido ao Filho, do seu ser no Céu, ou seja, em comunhão com Deus; Ela participa da responsabilidade de Deus pelo mundo e do amor de Deus pelo mundo. Há uma ideia vulgar, comum, de rei ou rainha: seria uma pessoa com poder, riqueza. Mas este não é o tipo de realeza de Jesus e Maria. Pensemos no Senhor: a realeza e o ser rei de Cristo está cheio de humildade, serviço, amor: é acima de tudo servir, ajudar, amar. Lembremos que Jesus foi proclamado rei na cruz com esta inscrição escrita por Pilatos: “Rei dos Judeus” (cf. Mc 15, 26). Naquele momento, na cruz, mostra que é rei; e como é rei? sofrendo conosco, por nós, amando até o fim, e assim governa e cria verdade, amor, justiça. Ou pensemos também em outro momento: na Última Ceia inclina-se para lavar os pés dos seus. Portanto, a realeza de Jesus não tem nada a ver com a dos poderosos da terra. É um rei que serve os seus servos; assim o fez durante toda a sua vida. E o mesmo vale para Maria: é rainha no serviço a Deus, à humanidade, é rainha do amor que vive o dom de si a Deus para entrar no desenho da salvação do homem. Respondeu ao anjo: Eis aqui a serva do Senhor (cf. Lc 1, 38), e no Magnificat canta: Deus olhou para a humildade da sua serva (cf. Lc 1,48). Nos ajuda. É Rainha amando-nos, ajudando-nos em cada uma das nossas necessidades; é a nossa irmã, serva humilde. E assim já chegamos ao ponto: como é que Maria exercita essa realeza de serviço e amor?
Cuidando de nós, seus filhos: os filhos que se dirigem a ela na oração, para agradecê-la ou para pedir a sua materna proteção e a sua ajuda celestial, depois de ter perdido o caminho, oprimidos pela dor ou pela angustia por causa das tristes e difíceis vicissitudes da vida. Na serenidade ou na escuridão da existência, nós nos voltamos para Maria confiando-nos à sua contínua intercessão, para que nos possa obter do Filho toda graça e misericórdia necessárias para a nossa peregrinação ao longo das estradas do mundo. Àquele que governa o mundo e detém os destinos do universo nos dirigimos confiados, por meio da Virgem Maria. Ela, por séculos, é invocado como celestial Rainha dos céus; oito vezes, depois da oração do Santo Terço, é implorada nas ladainhas lauretanas como Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos e das Famílias. O ritmo dessas antigas invocações, e orações cotidianas como a Salve Rainha, nos ajudam a compreender que a Virgem Santa, como Mãe nossa, junto ao Filho Jesus, na glória do Céu, está conosco sempre, no desenrolar da nossa vida diária.
O título de Rainha é, então, título de confiança, de alegria, de amor. E sabemos que aquela que tem em mãos, em parte, o destino do mundo é boa, nos ama e nos ajuda nas nossas dificuldades.
Caros amigos, a devoção à Nossa Senhora é um elemento importante da vida espiritual. Que na nossa oração não deixemos de dirigir-nos confiados a Ela. Maria não deixará de interceder por nós junto ao seu Filho. Olhando para Ela, imitemos a sua fé, a disponibilidade plena ao projeto de amor de Deus, a generosa acolhida de Jesus.
Aprendamos de Maria a viver. Maria é a Rainha do céu que está perto de Deus, mas é também a mãe que está perto de cada um de nós, que nos ama e escuta a nossa voz. Obrigado pela atenção.
[Tradução Thácio Siqueira]

25/06/2012

Bento XVI - Sobre a Homilia (na Verbum Domini)

"A homilia constitui uma actualização da mensagem da Sagrada Escritura, de tal modo que os fiéis sejam levados a descobrir a presença e a eficácia da Palavra de Deus no momento actual da sua vida. Aquela deve levar à compreensão do mistério que se celebra; convidar para a missão, preparando a assembleia para a profissão de fé, a oração universal e a liturgia eucarística. Consequentemente aqueles que, por ministério específico, estão incumbidos da pregação tenham verdadeiramente a peito esta tarefa. Devem-se evitar tanto homilias genéricas e abstractas que ocultam a simplicidade da Palavra de Deus, como inúteis divagações que ameaçam atrair a atenção mais para o pregador do que para o coração da mensagem evangélica. Deve resultar claramente aos fiéis que aquilo que o pregador tem a peito é mostrar Cristo, que deve estar no centro de cada homilia. Por isso, é preciso que os pregadores tenham familiaridade e contacto assíduo com o texto sagrado;preparem-se para a homilia na meditação e na oração, a fim de pregarem com convicção e paixão. A assembleia sinodal exortou a ter presente as seguintes perguntas: «O que dizem as leituras proclamadas? O que dizem a mim pessoalmente? O que devo dizer à comunidade, tendo em conta a sua situação concreta?». O pregador deve deixar-se «interpelar primeiro pela Palavra de Deus que anuncia», porque – como diz Santo Agostinho – «seguramente fica sem fruto aquele que prega exteriormente a Palavra de Deus sem a escutar no seu íntimo» (VD, 59)


18/06/2012

Catequese do Papa sobre o Batismo

Lectio divina na inauguração do congresso eclesial de Roma (11/06/12)
A escolha entre mentira e verdade
Trinta minutos para uma Lectio divina de alto perfil teológico, a que foi proposta pelo Papa na tarde de segunda-feira, 11 de Junho, na basílica de São João de Latrão, na inauguração do congresso eclesial da diocese de Roma. Ele convidou os participantes a refletir sobre o significado do sacramento do batismo - "o primeiro passo da Ressurreição" - frisando a sua actualidade, com a intenção de reafirmar que "o baptismo não é acto de uma hora, mas uma realidade de toda a nossa vida" e que "Deus não é uma estrela distante, mas o ambiente da minha vida".
Precisamente por isto, o cristão é sempre chamado a confrontar-se com os dois elementos cardeais do sacramento: a matéria, representada pela água, e a Palavra, a qual por sua vez se expressa em três elementos do rito, ou seja, renúncias, promessas e invocações. E falando das renúncias, mencionou explicitamente a sedução do mal "para não vos deixardes dominar pelo pecado". Evocou a antiga expressão "pompa do diabo" com a qual se pretendia indicar uma cultura na qual conta mais a aparência do que a verdade. Uma cultura, disse, "que conhecemos também hoje", na qual contam apenas "a sensação e o espírito de calúnia e de destruição". Uma cultura que "não procura o bem" e na qual "a mentira se apresenta nas vestes da verdade e da informação". Na conclusão da sua meditação - inteiramente improvisada - o Papa reafirmou que o baptismo dos recém-nascidos "não é contra a liberdade" mas "necessário para justificar também o dom da vida". Segue o texto na íntegra...

A degradação do meio ambiente e a poluição espiritual


http://www.pt.josemariaescriva.info/image/jratzinger21.jpg 

Abaixo trecho de entrevista concedida pelo Cardeal Ratzinger – hoje Papa Bento XVI – ao jornalista Peter Seewald.
Talvez realmente já não seja possível curar a partir do exterior, mas unicamente a partir do interior, curar uma consciência que não é egoísta. O senhor acabou de referir que os avisos bíblicos do mau estilo de vida talvez nos quisessem dizer: é a nossa condição espiritual que influencia a natureza.

Sim, parece-me claro que, de fato, é o Homem que ameaça retirar o sopro vital à natureza. E que a poluição do ambiente exterior que observamos é o espelho e o resultado da poluição do ambiente interior, à qual não prestamos suficiente atenção. Julgo que é também o que falta aos movimentos ecológicos. Combatem com uma paixão compreensível e justificada a poluição do ambiente; a poluição espiritual que o Homem faz a si mesmo continua, pelo contrário, a ser tratada como um dos seus direitos de liberdade. Há aqui uma desigualdade. Queremos afastar a poluição mensurável, mas não tomamos em consideração a poluição espiritual do Homem e a figura da criação que nele se encontra, para que se possa respirar humanamente. Defendemos, pelo contrário, tudo o que a arbitrariedade humana produz, com base num conceito completamente falso de liberdade.
Enquanto mantivermos essa caricatura de liberdade, quer dizer, a liberdade de uma destruição espiritual interior, continuarão imperturbavelmente os seus efeitos exteriores. Julgo que devemos refletir sobre isso. Não é apenas a natureza que tem as suas regras e as suas formas de vida, que temos de respeitar, se quisermos viver dela e nela, mas também o Homem é interiormente uma criatura e está sujeito à ordem da criação. Não pode fazer de si mesmo tudo o que quer, como lhe apetece. Para que o Homem possa viver a partir do interior, tem de aprender a reconhecer-se como criatura e tem de se dar conta de que nela deve existir, por assim dizer, a pureza interior devida ao fato de ele ser criatura, a ecologia espiritual. Se esse elemento fundamental da ecologia não for compreendido, tudo mais se desenvolverá num sentido negativo.
A epístola aos Romanos diz isso muito claramente no oitavo capítulo. Diz que Adão, ou seja, o Homem interiormente poluído, trata a criação como um escravo, a espezinha; a criação geme sob ele, por causa dele, através dele. E hoje ouvimos o gemido da criação, como nunca antes a tínhamos ouvido gemer. São Paulo acrescenta que a criação espera a vinda dos filhos de Deus e que respirará de alívio quando surgirem pessoas nas quais transpareça a luz de Deus – e só então a criação poderá voltar a respirar.
[Cardeal Joseph Ratzinger, O Sal da Terra, capítulo III, A Catarse – A mudança de era e as suas dilacerações; pp. 183-184, Editora Imago, 2ª edição, Rio de Janeiro, 2005]

Fonte: Ecclesia Una

“Mais uma vez a questão do aborto”

[O bispo de Frederico Westphalen vem, mais uma vez, levantar a sua voz contra os que desejam implantar no Brasil o morticínio "legal" de crianças no ventre de suas mães. Que o Altíssimo possa recompensar Dom Antonio Keller! Tenhamos a certeza de que Deus não nos deixa desamparados e, do Alto, Ele vê e vela por nós. Nós não queremos o aborto no Brasil. Melhor fariam os nossos governantes se respeitassem a vontade do povo brasileiro, ao invés de ficarem inventando subterfúgios para instaurar, às escondidas, aquilo que ele sabe que não conseguirá à luz do dia.


DOM ANTONIO CARLOS ROSSI KELLER
PELA GRAÇA DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
BISPO DE FREDERICO WESTPHALEN (RS)

Nota Pastoral

“Mais uma vez a questão do aborto”



“Aquele, portanto, que violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céus. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus.” (São Mateus 5,19)

Caros Diocesanos de Frederico Westphalen, irmãos e irmãs que compreendem o valor da vida humana.
Mais uma vez o Bispo Diocesano sente-se no dever, derivado de seu Ministério Episcopal, de vir a público e manifestar-se em relação ao tema do aborto. Mais especificamente, às veladas e covardes ações levadas a cabo por autoridades, que deveriam zelar pela defesa da vida, mas que “na calada da noite” estão empenhadas em implantar a prática do aborto em nossa Pátria, passando por cima da vontade da grande maioria da população que é contrária a esta prática.
Poucos dias atrás, os jornais “Folha de São Paulo”, “O Estado de São Paulo” e “Correio Brasiliense”, traziam, em suas primeiras páginas, notícias de ações que visam, na prática a implantação do aborto no país.
Somente a título de exemplo, para justificar esta preocupação em relação à introdução velada da prática do aborto, cito, em primeiro lugar “A Folha de São Paulo”. Em reportagem de capa afirmava que, segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães: O SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO PASSARÁ A ACOLHER AS MULHERES QUE DESEJAM FAZER ABORTO E ORIENTÁ-LAS SOBRE COMO USAR CORRETAMENTE OS MÉTODOS EXISTENTES PARA ABORTAR. CENTROS DE ACONSELHAMENTO INDICARÃO QUAIS SÃO, EM CADA CASO, OS MÉTODOS ABORTIVOS MAIS SEGUROS DO QUE OUTROS.
A Folha afirmava ainda que o modelo será copiado do Uruguai, que o adota desde o ano de 2004.
A PROPOSTA, diz a FOLHA, FOI ABORDADA NA ÚLTIMA SEMANA DE MAIO PELA MINISTRA ELEONORA MENICUCCI, QUE AFIRMOU ‘SOMENTE SER CRIME PRATICAR O PRÓPRIO ABORTO, MAS QUE O GOVERNO ENTENDE QUE NÃO É CRIME ORIENTAR UMA MULHER SOBRE COMO PRATICAR O ABORTO’.
Depois de orientada sobre como praticar o aborto, uma vez consumado o delito, a mulher passaria por uma nova consulta para evitar maiores conseqüências pós aborto. Ainda segundo a Folha, PARA OS QUE DESENVOLVERAM A POLÍTICA, ELA NÃO SÓ É UMA ATITUDE LEGAL, COMO É ÉTICA E DE DIREITO HUMANO BÁSICO.
É preciso recordar que a matéria veiculada pela “Folha de São Paulo” traz dados inverídicos em relação aos números do aborto do Brasil. A “Folha” acolhe os números do governo, que afirma que há mais de um milhão de abortos por ano, no Brasil. Os números reais são bem outros. Hoje, no Brasil, acontecem cerca de cem mil abortos por ano, e este número está diminuindo pouco a pouco. Isto é o que pode se concluir dos próprios dados do Ministério da Saúde, que mostram que o número de internações por aborto no Brasil, nos últimos quatro anos, está diminuindo à taxa de 12% ao ano, todos os anos. Na matéria veiculada pelo jornal paulistano, não são apresentados os números reais, por exemplo, das internações por razões de aborto. Ao afirmar que são cerca de duzentas mil as internações por causa do aborto, o jornal não leva em consideração que destas duzentas mil, cerca de cinquenta mil são por causa do aborto provocado. As outras cento e cinquenta mil são devidas ao aborto espontâneo. Ou seja, há um propósito do governo, secundado pela “Folha de São Paulo” em inflar os números do aborto…
Há uma “Pesquisa Nacional do Aborto”, levada a cabo pela Universidade de Brasília em conjunto com a ANIS, que revela números mais reais: No Brasil, de cada duas mulheres que provocam o aborto, uma é internada. Portanto, se há cinquenta mil internações por ano por aborto provocado, isto significa que são realizados cem mil abortos por ano e não o milhão e meio de abortos provocados, números estes anunciados pelas autoridades.
A realidade mostra não só que os números dos que são contrários ao aborto, entre a população brasileira, estão aumentando. Mas que também as brasileiras estão abortando cada vez menos, no Brasil. Esta é a realidade dos números.
A Matéria de “O Estado de São Paulo”, por sua vez, trata da elaboração, por parte do Ministério da Saúde e de um “grupo de especialistas” de uma “cartilha” que tem como finalidade orientar as mulheres que desejam abortar. “A INTENÇÃO É FECHARMOS O MATERIAL DE ORIENTAÇÃO EM, NO MÁXIMO, UM MÊS”, AFIRMOU O COORDENADOR DO GRUPO DE ESTUDOS SOBRE O ABORTO DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA (SBPC), THOMAZ GOLLOP. O FORMATO FINAL DO PROGRAMA SERÁ DEFINIDO PELO MINISTÉRIO. A CARTILHA CONTERIA, POR EXEMPLO, INFORMAÇÕES PARA MULHER ESCOLHER O LUGAR DO PROCEDIMENTO“.
Já o “Correio Brasiliense” noticiava que ao longo do mês de junho uma comissão de trabalho se reunirá com os técnicos do Ministério da Saúde para formular uma norma técnica que servirá de base para um programa de aconselhamento para mulheres com gravidez indesejada. Além disso, o Correio informa que o Ministério da Saúde tem a intenção de liberar a venda de remédios abortivos, hoje de uso reservado à rede hospitalar. Desta maneira, os médicos poderão orientar as mulheres sobre como praticar o aborto seguro e os medicamentos necessários estarão nas farmácias amplamente disponíveis para o público.
Interessante que no decorrer de poucos dias, aparece como que uma onda gigantesca em setores do atual governo a favor, em última instância, do aborto, veiculada por grandes e importantes jornais do país.
Muito mais interessante e importante, seria recordar o compromisso que a atual presidente da República assinou, no dia 16 de outubro de 2010, durante a campanha eleitoral, declarando que: “SOU PESSOALMENTE CONTRA O ABORTO E DEFENDO A MANUTENÇÃO DA LEGISLAÇÃO ATUAL SOBRE O ASSUNTO. ELEITA PRESIDENTE DA REPÚBLICA, NÃO TOMAREI A INICIATIVA DE PROPOR ALTERAÇÕES DE PONTOS QUE TRATEM DA LEGISLAÇÃO DO ABORTO E DE OUTROS TEMAS CONCERNENTES À FAMÍLIA E À LIVRE EXPRESSÃO DE QUALQUER RELIGIÃO NO PAÍS. [...] COM ESTES ESCLARECIMENTOS, ESPERO CONTAR COM VOCÊ PARA DETER A SÓRDIDA CAMPANHA DE CALÚNIAS CONTRA MIM ORQUESTRADA“.
Assim, apesar de todas as negativas e desculpas, o que se vê, concretamente, é um encaminhamento por baixo dos panos de medidas que visam pura e simplesmente, a prática livre do aborto, já que o grupo que está elaborando, junto com o Ministério da Saúde a nova Norma Técnica que pretende criar em todo o país centros de orientação sobre o aborto, liberalizar a venda de drogas abortivas na rede nacional de farmácias e difundir uma cartilha que ensine as mulheres como e onde praticarem o aborto é exatamente o mesmo Grupo de Estudos sobre o Aborto, coordenado pelo mesmo médico Thomas Gollop, cujo convênio com o Ministério da Saúde estava sendo contratado pelo governo enquanto a atual presidente, na época candidata garantia que jamais promoveria o aborto no Brasil.
Ou seja, hoje, em nossa Pátria está acontecendo na prática um verdadeiro ataque que visa obter à revelia da atual legislação e da imensa maioria do povo brasileiro, a pura e simples liberalização do aborto. Há anos nosso país vem sendo alvo destes ataques, já que há muito dinheiro investido por organizações estrangeiras para obter, por razões ideológicas e de cunho geopolítico, a pura e simples liberalização do aborto no Brasil e demais países da América Latina.
É preciso reagir a esta sanha abortista, que navega de velas soltas, alimentada por interesses desumanos, e que contraria o desejo da imensa maioria do povo brasileiro. Calar-se, fingir que o problema não existe e desvincular-se de uma ação de reação a esta sanha, é covardia e traição aos princípios mais elementares da fé cristã que professamos.
Escrevo esta “Nota Pastoral” ainda sob o efeito da tristeza pelo falecimento de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo Emérito de Guarulhos (SP), um digno e combativo Bispo da Santa Igreja Católica, que enfrentou com coragem e destemor até mesmo perseguições e calúnias, por sua intransigente defesa da vida.
Há dias, do leito do hospital, Dom Bergonzini escrevia: “Se Ele determinar que eu continue por aqui, todos daremos as mãos e seguraremos nas mãos de Deus para, juntos, combatermos as iniquidades e propagarmos o Evangelho por todos os telhados… e por todos os meios existentes”.
Deus determinou outra coisa, e este seu servo certamente já goza da visão beatífica. Sua dedicação em defesa da vida deve servir-nos de alento neste combate exigente.
Sabedores de que o aborto é um pecado gravíssimo contra Deus e contra a humanidade, venho apresentar algumas indicações práticas, no sentido de que se busque reagir contra esta imposição por parte das autoridades que deveriam cuidar e promover a vida. É preciso frear estes ataques à vida humana. Tais indicações são oferecidas pela Comissão de Defesa da Vida, do regional Sul 1 da CNBB (São Paulo) e enquadram-se no direito que todos nós, católicos temos, como cidadãos deste país, em nos manifestar.
 1. Telefonar, enviar fax e mensagens ao Ministério da Saúde e à Casa Civil da Presidência, mostrando com clareza, ao Ministério da Saúde e à Casa Civil da Presidência que o povo brasileiro compreende exatamente o que nosso governo está fazendo e não está de acordo com a implantação do aborto no país.
2. Pedir em seguida (e isto é importante, já que são aqueles que estão à frente destas ações de violência à vida):
(A) A DEMISSÃO IMEDIATA DA MINISTRA ELEONORA MENICUCCI DA SECRETARIA DAS MULHERES.
(B) A DEMISSÃO IMEDIATA DO SECRETÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, HELVÉCIO MAGALHÃES.
(C) O ROMPIMENTO IMEDIATO DOS CONVÊNIOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE COM O GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA SOBRE O ABORTO NO BRASIL.
Os contatos para estas manifestações são os seguintes:
CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA:
GLEISI HELENA HOFFMANN, MINISTRA-CHEFE DA CASA CIVIL
TELEFONES: (61) 3411-1573, 3411-1935, 3411-5866, 3411-1034
FAX: (61) 3321-1461, 3322-3850
MINISTÉRIO DA SAÚDE:
ALEXANDRE PADILHA , MINISTRO DA SAÚDE
TELEFONES: (61) 3315-2392, (61)3315-2393, (61) 3315-2788, (61) 3315-9260, (61) 3315-9262
FAXES: (61) 3224-8747, (61) 3315-2680, (61) 3315-2816
SECRETÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE:
HELVÉCIO MIRANDA MAGALHÃES
TELEFONES: (61) 3315-2626 3315-2133
FAX: (61) 3225-0054

Que Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria e nos livre da praga do Aborto.

Frederico Westphalen, 13 de junho de 2012.
Festa Litúrgica de Santo Antonio
Padroeiro da Catedral Diocesana

06/06/2012

Vigilia Jovem - Paróquia Nossa Senhora das Dores


Leitura Orante da Bíblia - Testemunho Pessoal


Amigos, graça e paz!

Faz tempo que conheço, pratico e divulgo a prática da leitura orante da Bíblia. Deus tem me falado de forma tão clara nessas orações que é impossível pretender guardar só pra mim os seus frutos; foi o que aconteceu hoje, depois de um dia bastante intenso, e quero partilhar com vocês. Isso servirá de estímulo para aqueles que estão trilhando o mesmo caminho, e, como testemunho, para aqueles que ainda não conhecem o método. Abraço fraterno!

A Bíblia no meu dia-a-dia

05/06/2012 – 2Rs 19

Abertura: “Estes são dias de tribulação, de ameaça e de blasfêmia. Quando os filhos estão para nascer, as parturientes não têm força” (3).
1) Promessa de Deus: “Protegerei esta cidade e a salvarei, em atenção a mim mesmo e ao meu servo Davi” (34);
2) Ordem de Deus: “Não tenhais medo diante das palavras que ouvistes... contra mim” (6);
3) Princípio eterno: “Tu és o único Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste o céu e a terra” (15);
4) Mensagem de Deus para mim hoje: - Considere as dificuldades como degraus a serem subidos e não como pedra de tropeço. O mal será corrigido mas os fatos terão, alem da sua aparente vitória, a oportunidade de um bem maior, antes nem pensado. Recorde o ditado popular: “Deus escreve certo por linhas tortas”;
5) Como aplicar isso na minha vida? Recordando as promessas do Senhor (proteção e salvação) e a certeza de que “Deus é”, trabalhar sem medo pela causa, que é divina e certa, purificando a intenção e se prevenindo até das falhas involuntárias;
6) Oração: Obrigado, Senhor, pela palavra certa na hora incerta, e por essa certeza basilar de que a obra é tua e a vitória é certa, mesmo que isso signifique tempo e transcendência não facilmente compreendidos e nem esperados. Há trevas, mas não estamos perdidos; há luz, e um fio dourado, que é a própria luz, se faz caminho, e as trevas, que não existiam e nem existirão, por mais que nos assustem no presente, não conseguiram dominá-la.
 

04/06/2012

FOTO EM DESTAQUE

"2 de Junho de 2012. O capitão do Inter de Milão, Javier Zanetti, presenteia o papa Bento XVI com uma camiseta do time durante sua visita ao estádio San Siro, em Milão, por ocasião do Encontro mundial das Famílias" (Foto: Reuters pictures).



09/05/2012

Da Carta a Diogneto

 (N.5-6: Funk 1,317-321)
(Séc.II)

Os cristãos no mundo
Os cristãos não se diferenciam dos outros homens nem pela pátria nem pela língua nem por um gênero de vida especial. De fato, não moram em cidades próprias, nem usam linguagem peculiar, e a sua vida nada tem de extraordinário. A sua doutrina não procede da imaginação fantasista de espíritos exaltados, nem se apóia em qualquer teoria simplesmente humana, como tantas outras.

Moram em cidades gregas ou bárbaras, conforme as circunstâncias de cada um; seguem os costumes da terra, quer no modo de vestir, quer nos alimentos que tomam, quer em outros usos; mas o seu modo de viver é admirável e passa aos olhos de todos por um prodígio. Habitam em suas pátrias, mas como de passagem; têm tudo em comum como os outros cidadãos, mas tudo suportam como se não tivessem pátria. Todo país estrangeiro é sua pátria e toda pátria é para eles terra estrangeira. Casam-se como toda gente e criam seus filhos, mas não rejeitam os recém-nascidos. Têm em comum a mesa, não o leito. São de carne, porém, não vivem segundo a carne. Moram na terra, mas sua cidade é no céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas com seu gênero de vida superam as leis.

Amam a todos e por todos são perseguidos. Condenam-nos sem os conhecerem; entregues à morte, dão a vida. São pobres, mas enriquecem a muitos; tudo lhes falta e vivem na abundância. São desprezados, mas no meio dos opróbrios enchem-se de glória; são caluniados, mas transparece o testemunho de sua justiça. Amaldiçoam-nos e eles abençoam. Sofrem afrontas e pagam com honras. Praticam o bem e são castigados como malfeitores; ao serem punidos, alegram-se como se lhes dessem a vida. Os judeus fazem-lhes guerra como a estrangeiros e os pagãos os perseguem; mas nenhum daqueles que os odeiam sabe dizer a causa do seu ódio.

Numa palavra: os cristãos são no mundo o que a alma é no corpo. A alma está em todos os membros do corpo; e os cristãos em todas as cidades do mundo. A alma habita no corpo, mas não provém do corpo; os cristãos estão no mundo, mas não são do mundo. A alma invisível é guardada num corpo visível; todos vêem os cristãos, pois habitam no mundo, contudo, sua piedade é invisível. A carne, sem ser provocada, odeia e combate a alma, só porque lhe impede o gozo dos prazeres; o mundo, sem ter razão para isso, odeia os cristãos precisamente porque se opõem a seus prazeres.

A alma ama o corpo e seus membros, mas o corpo odeia a alma; também os cristãos amam os que os odeiam. Na verdade, a alma está encerrada no corpo, mas é ela que contém o corpo; os cristãos encontram-se detidos no mundo como numa prisão, mas são eles que abraçam o mundo. A alma imortal habita numa tenda mortal; os cristãos vivem como peregrinos em moradas corruptíveis, esperando a incorruptibilidade dos céus. A alma aperfeiçoa-se com a mortificação na comida e na bebida; os cristãos, constantemente mortificados, vêem seu número crescer dia a dia. Deus os colocou em posição tão elevada que lhes é impossível desertar.

15/04/2012

Paróquia Nossa Senhora das Dores - Petrolina: Escola da Fé - 22/04/2012

 EXORTAÇÃO APOSTÓLICA VERBUM DOMINI DO SANTO PADRE BENTO XVI SOBRE A PALAVRA DE DEUS 
NA VIDA E NA MISSÃO DA IGREJA 
1. A palavra do senhor permanece eternamente. E esta é a palavra do Evangelho que vos foi anunciada» (1 Pd 1, 25; cf. Is 40, 8). Com esta citação da Primeira Carta de São Pedro, que retoma as palavras do profeta Isaías, vemo-nos colocados diante do mistério de Deus que Se comunica a Si mesmo por meio do dom da sua Palavra. Esta Palavra, que permanece eternamente, entrou no tempo. Deus pronunciou a sua Palavra eterna de modo humano; o seu Verbo «fez-Se carne» (Jo 1, 14). Esta é a boa nova. Este é o anúncio que atravessa os séculos, tendo chegado até aos nossos dias... 
   
10. Quem conhece a Palavra divina conhece plenamente também o significado de cada criatura. De fato, se todas as coisas «têm a sua subsistência» n’Aquele que existe «antes de todas as coisas» (Cl 1, 17), então quem constrói a própria vida sobre a sua Palavra edifica de modo verdadeiramente sólido e duradouro (...) Isto revela-se particularmente necessário no nosso tempo, em que manifestam o seu carácter efémero muitas coisas com as quais se contava para construir a vida e sobre as quais se era tentado a colocar a própria esperança. Mais cedo ou mais tarde, o ter, o prazer e o poder manifestam-se incapazes de realizar as aspirações mais profundas do coração do homem. De fato, para edificar a própria vida, ele tem necessidade de alicerces sólidos, que permaneçam mesmo quando falham as certezas humanas. Na realidade, (...) quem constrói sobre esta palavra, edifica a casa da própria vida sobre a rocha (cf. Mt 7, 24). Que o nosso coração possa dizer a Deus cada dia: «Sois o meu abrigo, o meu escudo, na vossa palavra pus a minha esperança» (Sl 119, 114), e possamos agir cada dia confiando no Senhor Jesus como São Pedro: «Porque Tu o dizes, lançarei as redes» (L?c 5, 5). 24. A Palavra divina introduz cada um de nós no diálogo com o Senhor: o Deus que fala, ensina-nos como podemos falar com Ele (...) 
    
72. Se é verdade que a liturgia constitui o lugar privilegiado para a proclamação, escuta e celebração da Palavra de Deus, é igualmente verdade que este encontro deve ser preparado nos corações dos fiéis e sobretudo por eles aprofundado e assimilado. De fato, a vida cristã caracteriza-se essencialmente pelo encontro com Jesus Cristo que nos chama a segui-Lo. 86 (...) Como diz Santo Agostinho: «A tua oração é a tua palavra dirigida a Deus. Quando lês, é Deus que te fala; quando rezas, és tu que falas a Deus». Orígenes, um dos mestres nesta leitura da Bíblia, defende que a inteligência das Escrituras exige, ainda mais do que o estudo, a intimidade com Cristo e a oração; (...) Na Carta a Gregório, o grande teólogo alexandrino recomenda: «Dedica-te à leitura orante das divinas Escrituras; aplica-te a isto com perseverança. Empenha-te na leitura orante com a intenção de crer e agradar a Deus. Se durante a leitura te encontras diante de uma porta fechada, bate e ser-te-á aberta por aquele guardião de que falou Jesus: “O guardião abrir-lha-á”. (…) para compreender as coisas de Deus, tens necessidade absoluta da oração. Precisamente para nos exortar a ela é que o Salvador não se limitou a dizer: “procurai e encontrareis” e “batei e ser-vos-á aberto”, mas acrescentou: “pedi e recebereis”». 
     
“Para que o mundo inteiro, ouvindo, acredite na mensagem da salvação, acreditando espere, e esperando ame.” (DV 1)
      
Perguntas para reflexão: 
1 – Tenho a Bíblia Sagrada? Leio diariamente a Palavra de Deus? 
2 – Sei transformar a minha leitura em oração? Qual minha maior dificuldade no contato com a Bíblia? 
3 – Entendo que Deus fala comigo hoje, da mesma forma que falou aos seus discípulos naquele tempo? 
4 – Compreendo a importância da Palavra de Deus, mas não consigo lê-la todo dia; o que fazer para que a leitura orante da Bíblia seja o alimento diário da minha alma? 
5 – Existe um meio, um método, que me garanta uma leitura eficaz da Biblia?
   
Segue uma proposta, a melhor que conheço, de Leitura Orante da Bíblia


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