ZENIT - O mundo visto de Roma

26/01/2012

Discernimento vocacional online

Uma notícia interessante de promoção vocacional na Espanha... Ta na hora do Brasil também investir no discernimento vocacional pela rede...


"Um projeto apoiado por 36 institutos de vida religiosa na Espanha

MADRI, quinta-feira, 26 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) – Foi lançado recentemente na Espanha um portal vocacional, de orientação à vida religiosa e ao sacerdócio, com um conceito novo: unir o maior número possível de realidades e carismas que possam responder à busca de quem não decidiu a própria vocação ou ainda não conseguiu pensar no assunto com mais profundidade. O portal buscoalgomas.com foi aberto no último dia da Imaculada Conceição, é apoiado por 36 institutos de vida religiosa e já teve 4.200 visitas.
A criadora do buscoalgomas.com, Noemí Saiz, explica a idéia e o nascimento do projeto: “Quando apresentávamos o portal aos institutos de vida consagrada, falávamos dele como um lugar na internet onde o maior número possível de institutos estivesse reunido”, embora não se trate de “apresentar uma lista de congregações”.
“Não queríamos ficar só na listagem, considerando que muitos jovens de hoje não têm a menor ideia do que é a vida consagrada em geral. Partimos deles, daqueles que podem ter certas inquietações vocacionais, mas nunca pensaram muito nisso, porque não sabem da existência desses institutos”, destaca Noemí.
“Nós vamos explicando o precioso leque de opções que é a vida consagrada, com seus muitos matizes, que podem fazer o jovem se interessar por uma opção ou por outra. Partimos dos seus gostos, interesses, sentimentos, para depois ir concretizando, até chegar às congregações, aos institutos, aos carismas. Fazemos isso com palavras simples, com palavras atuais, sem discursos complicados”.
O funcionamento do site se baseia em vídeos de orientação, que vão guiando o jovem através do portal até os vários institutos. O design é da Sweetmedia.
O hino do portal, Busco algo más, foi composto e é interpretado por Nico Montero, que há 21 anos percorre o mundo para cantar a sua fé e a sua esperança. Cooperador salesiano, ele participa de numerosas atividades de pastoral juvenil, é casado e tem quatro filhos.
Na apresentação desta música, Nico afirma: “Em grande medida, eu sou quem eu sou graças aos salesianos, que encontrei no caminho da minha vida já faz muitos anos. Desde a minha infância em Huelva até hoje, o testemunho e o carinho de tantos homens de Deus marcaram a minha vida profundamente. Precisamos de vocações religiosas, de vocações sacerdotais… Eu gostaria que muitos jovens tivessem a minha sorte, e por isso, por gratidão, escrevi essa música ligada ao projeto Busco algo más. Eu quis fazer uma letra focada na atitude de buscar”.
“Tenho certeza de que muitos jovens estão se perguntando seriamente, no coração e na razão, numa fé que foi crescendo entre carismas diversos, sobre como definir um projeto de vida. São muitos jovens, ou nem tão jovens mais, que estão tentando entender os sinais que apontam para uma vida plena. Por isso, esta música expressa uma atitude vital de abertura, de anseio. Ela aprofunda na necessidade de encontrar um sentido e de dar uma razão vital para a existência. É um chamado para procurar algo a mais, para abrir os olhos, os ouvidos, os sentidos e o coração ao chamamento, à proposta de felicidade do Deus da Vida”.
A produtora de música católica Trovador criou gratuitamente um videoclip da música, disponível no YouTube e no portal.
Para mais informação: www.buscoalgomas.com

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Dicas de Exercícios para Evitar a L.E.R.

   (Lesão por Esforço Repetitivo)

 
ALONGA AS MÃOS, DEDOS E PUNHOS - a) Separe e estique os dedos até sentir a tensão de um alongamento; b) Mantenha por 10 segundos; c) Relaxe, então dobre os dedos nas articulações e mantenha por 10 segundos; d) Repita o primeiro alongamento mais uma vez.
 
ALONGA OS PUNHOS E ANTEBRAÇOS- a) Com os braços esticados, palmas das mãos voltadas para baixo, dobre os punhos e levante as pontas dos dedos; b) Mantenha por 10 segundos; c) Agora dobre os punhos na direção oposta, dedos apontando para baixo; d) Mantenha por 10 segundos.
 
ALONGA OS PUNHOS - a) Entrelace os dedos a sua frente; b) Gire as mãos e os punhos no sentido horário, 10 vezes; c) Repita no sentido anti-horário 10 vezes.
 
ALONGA PUNHOS E ANTEBRAÇOS - a) Com o braço direito esticado, vire a palma da mão para cima; b) Estenda a mão esquerda sob o antebraço e segure o polegar e a parte de dentro da palma; c) Com a mão esquerda, lentamente vire a mão direita para fora e para baixo até sentir um alongamento suave; d) Mantenha por 5-10 segundos; e) Repita com o outro braço.
 
ALONGA PUNHOS E ANTEBRAÇOS - a) Braços estendidos `a frente; b) Lentamente, vire as mãos para fora até sentir um alongamento; c) Mantenha por 5-10 segundos.
 
 







Continuação da imagem anterior
 
ALONGA PUNHOS, ANTEBRAÇOS E MÃOS - a) Junte as palmas das mãos à sua frente; b) Mova as mãos para baixo, mantendo as palmas unidas, até sentir um alongamento suave; c) Mantenha os cotovelos erguidos e paralelos; d) Mantenha por 5-8 segundos.
 
ALONGA PUNHOS, ANTEBRAÇOS E MÃOS - a) Partindo do alongamento acima, gire as palmas das mãos até ficarem mais ou menos voltadas para baixo; b) Faça até sentir um alongamento suave; c) Mantenha os cotovelos erguidos e paralelos; d) Mantenha por 5-8 segundos.
 
ALONGA PUNHOS, ANTEBRAÇOS E MÃOS - a) Junte as palmas das mãos à sua frente; b) Empurre uma das mãos suavemente para o lado até sentir um alongamento suave; c) Mantenha os cotovelos erguidos e paralelos; d) Mantenha por 5-8 segundos.
 
Estas medidas são paliativas, retiradas de publicação especializada na área. Dê sempre preferência às orientações prestadas por um médico especialista.
 

25/01/2012

Mensagem do Santo Padre para o 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais - 20/05/2012

Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais
"Silêncio e palavra: caminho de evangelização."

20 de maio de 2012

Mensagem do Santo Padre 
Amados irmãos e irmãs,
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Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.
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O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.
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Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.
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No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).
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Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem actual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens - muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico - podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exort. ap. pós-sinodal Verbum Domini, 30 de Setembro de 2010, n. 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo - quando «o Rei dorme (...), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cf. Ofício de Leitura, de Sábado Santo) -, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.
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Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a Concelebração Eucarística com os Membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de Outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.
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Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «acções e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Const. dogm. Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.
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Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da acção comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de Setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.
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Vaticano, 24 de Janeiro - dia de São Francisco de Sales - de 2012.
BENEDICTUS XVI 


Da Introdução à Vida Devota, de São Francisco de Sales

(Pars 1, cap. 3)
(Séc.XVII)

A devoção deve ser praticada de modos diferentes
      Na criação, Deus Criador mandou às plantas que cada uma produzisse fruto conforme sua espécie. Do mesmo modo, ele ordenou aos cristãos, plantas vivas de sua Igreja, que produzissem frutos de devoção, cada qual de acordo com sua categoria, estado e vocação.
A devoção deve ser praticada de modos diferentes pelo nobre e pelo operário, pelo servo e pelo príncipe, pela viúva, pela solteira ou pela casada. E isto ainda não basta. A prática da devoção deve adaptar-se às forças, aos trabalhos e aos deveres particulares de cada um.
     Dize-me, por favor, Filotéia, se seria conveniente que os bispos quisessem viver na solidão como os cartuxos; que os casados não se preocupassem em aumentar seus ganhos mais que os capuchinhos; que o operário passasse o dia todo na igreja como o religioso; e que o religioso estivesse sempre disponível para todo tipo de encontros a serviço do próximo, como o bispo. Não seria ridícula, confusa e intolerável esta devoção?
     Contudo, este erro absurdo acontece muitíssimas vezes. E no entanto, Filotéia, a devoção quando é verdadeira não prejudica a ninguém; pelo contrário, tudo aperfeiçoa e consuma. E quando se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é falsa, sem dúvida alguma.
    A abelha extrai seu mel das flores sem lhes causar dano algum, deixando-as intactas e frescas como encontrou. Todavia, a verdadeira devoção age melhor ainda, porque não somente não prejudica a qualquer espécie de vocação ou tarefa, mas ainda as engrandece e embeleza.
     Toda a variedade de pedras preciosas lançadas no mel, tornam-se mais brilhantes, cada qual conforme sua cor; assim também cada um se torna mais agradável e perfeito em sua vocação quando esta for conjugada com a devoção: o cuidado da família se torna tranqüilo, o amor mútuo entre marido e mulher, mais sincero, o serviço que se presta ao príncipe, mais fiel, e mais suave e agradável o desempenho de todas as ocupações.
     É um erro, senão até mesmo uma heresia, querer excluir a vida devota dos quartéis de soldados, das oficinas dos operários, dos palácios dos príncipes, do lar das pessoas casadas. Confesso, porém, caríssima Filotéia, que a devoção puramente contemplativa, monástica e religiosa de modo algum pode ser praticada em tais ocupações ou condições. Mas, para além destas três espécies de devoção, existem muitas outras, próprias para o aperfeiçoamento daqueles que vivem no estado secular.
Portanto, onde quer que estejamos, devemos e podemos aspirar à vida perfeita. 

21/01/2012

O lixo Big Brother. Bispo da Igreja se manifesta sobre programa

Por Dom Henrique Soares, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracajú-SE

A situação é extremamente preocupante: no Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação. Sem nenhum controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos (aqueles que se podem assistir gratuitamente) fazem a cabeça dos brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram pela frente: a sacralidade da família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião, o temor amoroso para com Deus.
Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo! Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal… A vida é sucesso, é romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que cada um faz e constrói como bem quer e entende! Na telinha tem a Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho… Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê… Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória… Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família… Na telinha tem o show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama… Enquanto na realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, temos adolescentes grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a injustiça social… E a telinha destruindo valores e criando ilusão…
E quando se questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas: (1) assiste quem quer e quem gosta, (2) a programação é espelho da vida real, (3) controlar e informação é antidemocrático e ditatorial… Assim, com tais desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…
Um triste e último exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…). Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa: “Meus heróis! Meus guerreiros!” – Pobre Brasil! Que tipo de heróis, que guerreiros! E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!
Como o programa é feito por pessoas reais, como são na vida, é ainda mais triste e preocupante, porque se pode ver o nível humano tão baixo a que chegamos! Uma semana de convivência e a orgia corria solta… Os palavrões são abundantes, o prato nosso de cada dia… A grande preocupação de todos – assunto de debates, colóquios e até crises – é a forma física e, pra completar a chanchada, esse pessoal, tranqüilamente dá-se as mãos para invocar Jesus… Um jesusinho bem tolinho, invertebrado e inofensivo, que não exige nada, não tem nenhuma influência no comportamento público e privado das pessoas… Um jesusinho de encomenda, a gosto do freguês… que não tem nada a ver com o Jesus vivo e verdadeiro do Evangelho, que é todo carinho, misericórdia e compaixão, mas odeia o fingimento, a hipocrisia, a vulgaridade e a falta de compromisso com ele na vida e exige de nós conversão contínua! Um jesusinho tão bonzinho quanto falsificado… Quanta gente deve ter ficado emocionada com os “heróis” do Pedro Bial cantando “Jesus Cristo, eu estou aqui!”
Até quando a televisão vai assim? Até quando os brasileiros ficaremos calados? Pior ainda: até quando os pais deixarão correr solta a programação televisiva em suas casas sem conversarem sobre o problema com seus filhos e sem exercerem uma sábia e equilibrada censura? Isso mesmo: censura! Os pais devem ter a responsabilidade de saber a que programas de TV seus filhos assistem, que sites da internet seus filhos visitam e, assim, orientar, conversar, analisar com eles o conteúdo de toda essa parafernália de comunicação e, se preciso, censurar este ou aquele programa. Censura com amor, censura com explicação dos motivos, não é mal; é bem! Ninguém é feliz na vida fazendo tudo que quer, ninguém amadurece se não conhece limites; ninguém é verdadeiramente humano se não edifica a vida sobre valores sólidos… E ninguém terá valores sólidos se não aprende desde cedo a escolher, selecionar, buscar o que é belo e bom, evitando o que polui o coração, mancha a consciência e deturpa a razão!
Aqui não se trata de ser moralista, mas de chamar atenção para uma realidade muito grave que tem provocado danos seríssimos na sociedade. Quem dera que de um modo ou de outro, estas linha de editorial servissem para fazer pensar e discutir e modificar o comportamento e as atitudes de algumas pessoas diante dos meios de comunicação.

15/01/2012

Festival de Cinema - Vale Curtas - A Barca - 1º Lugar

Parabéns, Leonardo, funcionário da Diocese de Petrolina, pelo 1º lugar no festival de filmes "Vale Curtas" com o filme "a Barca", na noite de sábado, 14/02.




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