Lectio divina na inauguração do congresso eclesial de Roma (11/06/12)
A escolha entre mentira e verdade
Trinta minutos para uma Lectio divina de alto perfil teológico, a que
foi proposta pelo Papa na tarde de segunda-feira, 11 de Junho, na
basílica de São João de Latrão, na inauguração do congresso eclesial da
diocese de Roma. Ele convidou os participantes a refletir sobre o
significado do sacramento do batismo - "o primeiro passo da
Ressurreição" - frisando a sua actualidade, com a intenção de reafirmar
que "o baptismo não é acto de uma hora, mas uma realidade de toda a
nossa vida" e que "Deus não é uma estrela distante, mas o ambiente da
minha vida".Precisamente por isto, o cristão é sempre chamado a confrontar-se com os dois elementos cardeais do sacramento: a matéria, representada pela água, e a Palavra, a qual por sua vez se expressa em três elementos do rito, ou seja, renúncias, promessas e invocações. E falando das renúncias, mencionou explicitamente a sedução do mal "para não vos deixardes dominar pelo pecado". Evocou a antiga expressão "pompa do diabo" com a qual se pretendia indicar uma cultura na qual conta mais a aparência do que a verdade. Uma cultura, disse, "que conhecemos também hoje", na qual contam apenas "a sensação e o espírito de calúnia e de destruição". Uma cultura que "não procura o bem" e na qual "a mentira se apresenta nas vestes da verdade e da informação". Na conclusão da sua meditação - inteiramente improvisada - o Papa reafirmou que o baptismo dos recém-nascidos "não é contra a liberdade" mas "necessário para justificar também o dom da vida". Segue o texto na íntegra...
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