ZENIT - O mundo visto de Roma

01/08/2009

AGOSTO - MÊS VOCACIONAL


O mês vocacional tem sua origem logo após o Concílio Vaticano II. Com o objetivo de despertar a consciência das comunidades para a co-responsabilidade, num período de crise das vocações de especial consagração. Em 1970 surgia a primeira experiência do mês vocacional no Brasil. Esta iniciativa deu certo e, em 1981, a Assembléia Geral da CNBB instituiu o mês de agosto como mês vocacional para todo o Brasil.

Vale a pena recordar o que celebramos no mês de agosto: no primeiro domingo destacamos o dia do padre, a motivação é a festa de S. João Maria Vianey, lembrada no dia 04 de agosto, padroeiro dos párocos. A vocação aqui recordada é a do padre diocesano. No segundo domingo celebramos o dia dos pais, recordamos, então, o chamado a gerar vida, a continuar com a obra criadora de Deus. Ser pai e ser mãe, constituir família, assumir um estado de vida na Igreja. Motivados pela festa da Assunção de Maria, modelo de todos aqueles que dizem sim, celebramos no terceiro domingo a vocação religiosa. São recordadas aqui a vocação religiosa feminina e masculina. No quarto domingo recordamos todos os ministérios leigos e, no quinto domingo a vocação dos catequistas.

Hoje celebramos o dia do padre ou a vocação presbiteral. Quem é o padre?

Escolhido por Deus, ele recebe o Sacramento da Ordem que o consagra para a missão e o insere no presbitério. Seu carisma é a "Caridade Pastoral", isto é, ser junto do povo e no meio da comunidade a presença viva e atuante de Cristo, o Bom Pastor. Sua missão é ensinar a Palavra de Deus, pelo testemunho e pela pregação, santificar os fiéis pelos sacramentos, animar a organização e presidir a comunidade. Sua espiritualidade emana da especial configuração a Cristo Misericordioso. Ela é evangélica, eucarística, mariana, fraterna, encarnada, alegre e geradora de esperança.

A Igreja Católica é formada por dioceses. A diocese é a porção do Povo de Deus que está numa região e é guiada e alimentada na fé, esperança e caridade pelo bispo e seus colaboradores, os padres e os diáconos. O Bispo Diocesano é o Pastor, mestre e guia, escolhido pela Igreja para ser o sucessor dos Apóstolos. É o Profeta que testemunha e alimenta seu povo pela Palavra de Deus. É o Sacerdote que santifica pelos sacramentos, caminha junto e conhece as suas ovelhas.

Normalmente uma diocese é constituída de muitas paróquias. Cada paróquia é confiada a um pároco, quase sempre diocesano ou, na sua ausência, a um religioso. O padre age na paróquia e nas outras atividades diocesanas. É um sinal visível do Reino de Deus. Em tudo o que faz, atua como se fosse o próprio bispo, de quem depende e a comunhão é uma exigência essencial. A pastoral vocacional deve trabalhar para que se tenha mais padres diocesanos. Vamos rezar sempre pelas vocações. Façamos de tudo para incentivar os jovens e adolescentes para que sigam essa vocação. Vamos falar bem da vocação sacerdotal na família, na escola, na catequese, nos grupos de adolescentes, de jovens...

Vamos implantar em nossa comunidade o trabalho vocacional, instituindo um casal ou uma equipe que se interesse pelas vocações, que promova, incentive e oriente os adolescentes e jovens a participarem dos encontros vocacionais. Façamos de tudo para criar na comunidade um clima favorável ao o surgimento das vocações. Este é um trabalho conjunto exercido pelo Pároco, pelos jovens, pelos catequistas, pelas famílias, pelo Movimento Serra e demais movimentos, pelos que animam a liturgia e grupos de reflexão. Todos somos responsáveis para que tenhamos mais sacerdotes. O Papa João Paulo II, nos ensina: “Descei no meio dos jovens e chamai, não tenhais medo de chamar”. Devemos chamar sempre. Que tal fazermos algo concreto pelas vocações em nossa comunidade? O que poderemos fazer?


Fonte:Pe. Carlos A.Chiquim

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